Duarte vê PT cada vez mais “distante” do PMDB, mesmo com André candidato
O presidente regional do PT, Paulo Duarte, afirmou neste sábado (8) que a possibilidade de acordo eleitoral com o PMDB está cada vez mais “distante”, mesmo na hipótese de o governador André Puccinelli, principal liderança peemedebista, se candidatar a senador.
“Hoje o PMDB tem candidato a governador e o André iria participar dessa chapa”, analisou Duarte, apontando que em Mato Grosso do Sul sempre foi muito “complicado” se costurar aliança entre PT e PMDB, adversários em todas as eleições desde o confronto histórico pela Prefeitura de Campo Grande, em 1996, quando o peemedebista venceu Zeca do PT por uma diferença de apenas 411 votos.
Na eleição deste ano, segundo Duarte, a probabilidade maior é de que PMDB e PT continuem em lados opostos, apesar de estarem unidos no plano nacional em torno da reeleição da presidente Dilma Roussef. “A tendência hoje é essa”, declarou o dirigente petista.
Junto com o senador petista Delcídio do Amaral, o presidente estadual do PT deve seguir na próxima quarta-feira para São Paulo, onde devem se reunir com Rui Falcão, presidente nacional do partido. “Devemos discutir o quadro nacional, a situação do PMDB e as conversas que temos feito no Estado”, informou Duarte.
Segundo Paulo Duarte, o PT continua discutindo aliança eleitoral com vários partidos para apoiar Delcídio na disputa pelo governo do Estado este ano. Na última sexta-feira, ele voltou a conversar com o presidente regional do PDT, João Leite Schimidt. “Com o PDT só falta da ratificação na convenção”, admitiu o petista.
Indagado se já existem outros partidos certos para compor aliança com o PT, Duarte disse que havia muitas negociações em curso, travadas neste momento em razão da indefinição sobre a candidatura do governador André Puccinelli a senador. “Estamos conversando com vários, mas alguns estão esperando a posição do governador”, revelou.