Economia e queimadas foram temas debatidos por Riedel na Bolívia
Gestor tucano participou de conferência ao lado de Mario Aguilera, vice-governador boliviano
Cumprindo agenda na Bolívia, Eduardo Riedel (PSDB) participou de uma conferência sobre agricultura ao lado do governador interino Santa Cruz de La Sierra, Mario Aguilera. Entre os destaques da conversa, estiveram a economia sul-mato-grossense, os planos de contingenciamento das queimadas que assolam o Pantanal e a recém anunciada Rota da Celulose.
Pelas redes sociais, o gestor tucano comemorou a reunião. "Sentamos e conversamos sobre a integração, seja sobre os projetos de conexão Brasil/Bolívia em Corumbá, como também os projetos que nosso vizinho tem com o Paraguai. Mato Grosso do Sul tem complementaridade em relação a diversos temas", disse.
Sobre os incêndios florestais, Riedel pontuou que ambos os governos estão atentos para uma atuação mais conjunta. "[...] para que possamos construir uma relação produtiva de desenvolvimento onde a integração possa fazer diferença".
Vale lembrar que, parte dos focos tiveram origem na Bolívia, segundo levantamento produzido pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro). A perda para o fogo já superou a registrada em todo o ano de 2022 e 2023 no bioma sul-mato-grossense, totalizando 697.225 hectares.
Por fim, o governador também destacou a licitação da Rota da Celulose, projeto de concessão das rodovias MS-040, MS-338 e MS-395 e trechos das BR-262 e BR-267. Estudo feito a pedido do governo foi divulgado nesta semana. "Acabamos de decidir uma licitação para ir à Bolsa de Valores e captar capital privado para mais de 900 quilômetros de concessão de estradas. O montante chega a R$ 5,7 bilhões de Capex".
Riedel vinha negociando com a União para assumir as rodovias federais por meio de convênio para poder avançar na concessão ao setor privado. A região leste passou a enfrentar aumento expressivo no fluxo de veículos, especialmente de cargas, com a formação de florestas de eucalipto e implantação de fábricas para produção de celulose.
Estão estimados R$ 8,7 bilhões em capital privado na concessão de 870 quilômetros pelo período de 30 anos, cujo objetivo é ampliar e antecipar investimentos em infraestrutura para a melhoria da malha viária.
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