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Política

Em acareação com delegado, ex-assessor jurídico do CIMI se retrata

Flávio Paes | 01/12/2015 22:08
Ex-assessor, diante do delegado, não sustentou depoimento (Foto:Divulgaçâo)
Ex-assessor, diante do delegado, não sustentou depoimento (Foto:Divulgaçâo)

Colocado frente a frente com o delegado André Matsushita, o ex-assessor jurídico do CIMI (Conselho Indigenista Missonário), Maurci Pauletti, acabou se retratando das declarações que tinha feito na semana passada em depoimento na CPI (Conselho Parlamentar de Inquérito).  A acareação foi realizado hoje na Assembleia Legislativa, em mais uma reuniao da CPI que investiga as atividades do CMI em Mato Grosso do Sul.

Neste depoimento do último dia 24, Pauletti afirmou que havia recebido informações privilegiadas do delegado e grampos telefônicos. Na acareação realizada hoje ele se desculpou com o policial. Alegou que por não ter conhecimento da gravação, ficou surpreso ao ouvir o áudio e ao ser questionado falou o nome de André Matsushita, lembrando posteriormente que não era o delegado que havia lhe passado as informações.

“Fiquei atônito aqui e pairou minha dúvida, tanto que a primeira coisa que fiz ao sair daqui foi tentar lembrar aonde foi essa situação. E eu procurei, tentei ligar para o André, para justamente esclarecer. Fiquei em dúvida se ele que havia me passado, mas depois tive a certeza que não foi ele quem me passou. Ele não me passou absolutamente nada”, esclareceu.

Maucir foi novamente questionado pelo relator da CPI, deputado Paulo Corrêa, sobre quem havia gravado o áudio e informou que foi uma conversa pessoal, gravada em 2002, mas não soube informar onde nem com quem conversava. Ele também negou que a conversa tivesse relação com o CIMI. “Vai minhas escusas ao André porque envolvi ele em uma situação que não tem nada a ver”, disse.

A gravação foi entregue a CPI de forma sigilosa por uma pessoa que não quis ser identificada, mas que assinou uma declaração e a entrou à Comissão. No áudio, apresentado pela CPI na reunião da semana passado, Maucir conversa com outras pessoas, fala que recebeu informações de um amigo da “polícia secreta” de que seu telefone estava grampeado. Na gravação ele também fala que a Igreja Católica atua de forma desumana, da angústia que sente por estar envolvido, de crimes cometidos pela Igreja, mas não esclareceu nenhum dos assuntos.

O delegado Andre Matsushita  negou todas as declarações feitas pelo ex-assessor do CIMI. “Tive acesso a esses dados e quero esclarecer que conheço o senhor Maucir Pauletti da Universidade. Eu nunca tomei conhecimento de qualquer tipo de investigação ou apuração que por ventura envolvesse o senhor Maucir Pauletti. Razão pela qual eu jamais disse isso a ele sob qualquer hipótese e mesmo se eventualmente eu tivesse conhecimento de qualquer fato dessa natureza, eu jamais falaria para ele. Nos meus anos de docência eu sempre soube separar de forma clara e tranquila minha atividade como professor da minha atividade como policial. Nunca misturei uma atividade com a outra. Por tanto, nego veementemente ter conhecimento de qualquer investigação que envolva o senhor Maucir, bem como nego veementemente ter dito qualquer coisa dele”, declarou o delegado.

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