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Política

Em entrevista a rádio de MS, Bolsonaro cita Tereza Cristina e critica Lula

Jair Bolsonaro (PL) falou de decisões consideradas importantes tomadas em conjunto com a ex-ministra

Danielly Escher | 06/06/2023 12:24
Ex-presidente Jair Bolsonaro durante passagem por Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Maluf)
Ex-presidente Jair Bolsonaro durante passagem por Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Maluf)

Em entrevista nesta manhã para a rádio Grande FM de Mato Grosso do Sul, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre o Marco Temporal e disse que indígenas são insuflados por ONGs (Organizações Não Governamentais). Em conversa com jornalistas da emissora, incluindo também o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), o ex-presidente criticou em vários momentos o sucessor Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), do PT, e falou sobre a relação com a ex-ministra Tereza Cristina (PP), hoje senadora.

Bolsonaro destacou que Lula recebeu recentemente líderes mundiais, entre eles o presidente venezuelano Nicolás Maduro. "Uma das falas do atual presidente é sobre uma nova liderança global", afirmou. Questionado se vê isso como uma ameaça à democracia, disse: "Antes das eleições já falávamos disso. Esse encontro que ele quer fazer em Belém, ele quer discutir uma governança global. Isso é uma grande preocupação pra nós".

Ainda durante a entrevista, Bolsonaro afirmou que Lula assumiu um compromisso com o MST (Movimento Sem Terra): "Tanto que o MST começou a invadir terras pelo Brasil e temos centenas de índios acampados em Brasília e vão protestar hoje no Supremo. Vão pedir que pelo menos seis ministros encampem a ideia do novo Marco. Então essa insegurança toda é se vai ter prato de comida na mesa".

Defendeu ainda que a "esquerda" dividiu a agricultura e destacou que os agricultores familiares produzem aproximadamente 25% do que chega à mesa dos brasileiros e citou a ex-ministra Tereza Cristina, que fez parte do governo dele e hoje é senadora. "Buscamos essa integração com a ministra, abrimos crédito para a agricultura familiar que também passou a poder vender 40 mil por ano para a merenda escolar", frisou.

Bolsonaro disse que, entre 2020 e 2021, o Brasil teve milhões de empregos criados e que o Brasil já tinha recuperado muito da questão econômica em 2022. "Se eu tivesse sido reeleito o Brasil não estaria enfrentando essa crise", afirmou. Ainda afirmou que o Brasil acolheu refugiados e fugitivos da Venezuela, enquanto estava na presidência. "Em média, 600 pessoas chegam por dia. Não temos notícia de o atual presidente ter se voltado para os refugiados", declarou.

O ex-presidente citou decisões classificadas como importantes junto a Tereza Cristina. "Preocupada, em 2019, entrou no gabinete aquela senhora magrinha, vulnerável, e disse 'o senhor tem que revogar o decreto' onde era proibido plantar cana no Amazonas. Eu revoguei, dei liberdade. Ela tinha liberdade de expor os problemas", citou Bolsonaro.

Ainda sobre momentos decisivos, Bolsonaro citou que Tereza Cristina revogou uma instrução normativa de 2014, do governo de Dilma Roussef, em que era permitido importar bananas do Equador. "Para atender interesses ideológicos, já que aqui no Brasil se planta banana. Eu falei com Tereza e revogamos sem nenhum problema com o Equador", afirmou.

Bolsonaro finalizou a entrevista falando sobre o processo de inegabilidade no STF (Supremo Tribunal Federal), em é acusado de abuso de poder político e uso indevido da estrutura da presidência para divulgar informações consideradas falsas sobre o sistema eleitoral em evento no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. "Não fizemos nenhum ataque, só mostramos como era o sistema eleitoral. Peço que Deus que não cometam injustiça", declarou.

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