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Política

Em meio a divergências com Mandetta, Bolsonaro critica integrantes do Governo

Sem citar nomes, presidente disse que algumas pessoas estão "se achando" e que "algo subiu na cabeça"

Clayton Neves | 05/04/2020 19:05
Bolsonaro e Mandetta em cerimônia no Planato no ano passado. (Foto: Adriano Machado /  Reuters)
Bolsonaro e Mandetta em cerimônia no Planato no ano passado. (Foto: Adriano Machado / Reuters)

Durante conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada neste domingo (5), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “algo subiu na cabeça” de integrantes de seu governo e disse que “a hora deles vai chegar”. Apesar de não ter mencionado nomes, a declaração acontece em meio a divergências de Bolsonaro com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre o enfrentamento ao novo coronavírus.

"Algumas pessoas no meu governo, algo subiu a cabeça deles. Estão se achando. Eram pessoas normais, mas de repente viraram estrelas. Falam pelos cotovelos. Tem provocações. Mas a hora deles não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles. A minha caneta funciona. Não tenho medo de usará a caneta nem pavor. E ela vai ser usada para o bem do Brasil, não é para o meu bem. Nada pessoal meu. A gente vai vencer essa", declarou o presidente.

Na semana passada, Bolsonaro admitiu que vive se "bicando" com o ministro da Saúde, mas antecipou que não pretende demiti-lo em meio à pandemia do coronavírus no País.

Enquanto o ministro sul-mato-grossense defende duras medidas de prevenção como isolamento integral, Bolsonaro é a favor do isolamento vertical em que apenas pessoas do grupo de risco ficam em quarentena. Durante entrevista à rádio Jovem Pan, o presidente também pontuou que “falta humildade” no ministro.

Bolsonaro também criticou as decisões que o ministro tem tomado, sem consultá-lo. "Em alguns momentos, acho que o Mandetta teria que ouvir mais o presidente. O Mandetta quer fazer valer muito a vontade dele. Pode ser que ele esteja certo, mas está faltando humildade para ele conduzir o Brasil neste momento", disse o presidente.

Conforme publicação do portal Uol, durante a entrevista, Bolsonaro também disse que o “clima de pânico” e “histeria” também contagiou o Ministério da Saúde. "Já está no momento de todo mundo botar o pé no chão", concluiu.




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