Em MS, 4 prefeitos nomeiam parentes para secretarias
Entre as nomeações para novo secretariado, o prefeito de Miranda, Neder Vedovato (PSB), colocou o próprio filho, André Vedovato, como secretário de Assistência Social.
Apesar de nenhum questionamento no dia do anúncio, a Câmara do Município promete questionar o ato do prefeito. "Vou aguardar até o início dos trabalhos da Câmara para averiguarmos se isso está de acordo com a lei ou não", disse o vereador Ivan Bossay (PMDB).
Outro que anunciou o secretariado, e que não deixou de arrumar uma oportunidade de trabalho para os familiares, foi o prefeito de Ladário, José Antônio Assad e Faria. Ele nomeou a esposa, Gisele Maria Saab e Faria, para a secretaria de Integração de Políticas Sociais.
Em Coxim, a prefeita Dinalva Mourão (PMDB) criou uma nova pasta, somente para acomodar o irmão, Rafael Gracia de Moraes Lemos, que ganhou uma secretaria novinha em folha: a de Governo.
Tradicionalmente, os prefeitos costumam dar o cargo às suas esposas. Em Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), anunciou Maria Antonieta Trad, sua esposa, como secretaria de Assistência Social neste seu segundo mandato, mas garantiu que o salário dela, cerca de R$ 8 mil, será doado para instituições de caridade.
A súmula do STF (Supremo Tribunal Federal), que proibiu o nepotismo nos três poderes preservou como únicos cargos em que familiares podem ser nomeados os de secretários estaduais, municipais e ministros.