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Política

Em reunião de 2h, PMDB e aliados admitem 2º turno e discutem estratégia

Fabiano Arruda | 26/09/2012 16:14
“Na prática só não vamos atrás do apoio do Bernal", diz secretário de Habitação, Carlos Marun.
“Na prática só não vamos atrás do apoio do Bernal", diz secretário de Habitação, Carlos Marun.

O que era resistência até agora virou certeza. PMDB e partidos aliados admitiram, em reunião, realizada entre os deputados estaduais, nesta quarta-feira, que a eleição à Prefeitura de Campo Grande vai ser decidida no segundo turno.

Em duas horas de conversa, encabeçada pelo governador André Puccinelli (PMDB), as estratégias começaram a ser colocadas na mesa.

A reunião começou a ser desenhada ontem (25), quando os deputados aliados sugeriram as primeiras alternativas diante do cenário de disputa acirrada. O encontro só foi concretizado no final da manhã de hoje.

No entendimento da cúpula do partido, a meta imediata é tentar terminar o primeiro turno “com a maior votação possível” para fortalecer a ida de Edson Giroto (PMDB) ao segundo turno contra Alcides Bernal (PP), conforme indicam as pesquisas recentes.

Líderes peemedebistas também asseguram que as negociações para composição de alianças ao segundo turno só vão começar após o dia 7 de outubro “com o resultado da votação em mãos” e “por respeito aos adversários”.

No discurso, os opositores a Giroto, sobretudo, Vander Loubet (PT), Reinaldo Azambuja (PSDB) e Alcides Bernal (PP), selaram um pacto para manterem apoio ao candidato que for para o segundo turno como adversário de Giroto.

No entanto, o PMDB espera contar com o apoio dos tucanos pela ligação histórica que as legendas desenvolveram na Capital.

“Na prática só não vamos atrás do apoio do Bernal. Em relação ao PSDB, tudo que construímos em Campo Grande teve a parceria deles. O PPS é outro aliado histórico e temos apreço ao Athayde (Nery, vice na chapa de Reinaldo”, disse o secretário estadual de Habitação, Carlos Marun, que participou do encontro.

O partido também trabalha abertamente com os índices de rejeição que Giroto tem apresentado nas últimas pesquisas, o que pode ser um pesado empecilho para a próxima etapa da disputa.

Marun, no entanto, minimiza. Diz que a rejeição representa “o voto consolidado” de Bernal e, em outras palavras, não há como revertê-la.

Além disso, considera como natural a reprovação por conta da disputa neste ano possuir seis candidatos adversários. “Entendemos como normal no processo e isso não nos preocupa demasiadamente. Vamos seguir pregando que temos o candidato mais preparado”, pontuou.

Outra análise do secretário é que agora a Capital passará por uma condição normal de eleição. “Em grandes cidades as disputas são de dois turnos e Campo Grande era uma exceção”.

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