Para deputados, segundo turno tem cenário indefinido na Capital
Parlamentares não querem admitir que seus candidatos ficarão de fora, mesmo com disputa se mostrando acirrada entre Giroto e Bernal
Os deputados ligados aos candidatos à Prefeitura de Campo Grande neste ano adotaram uma estratégia: não admitir, ainda, a possibilidade de seus candidatos ficarem de fora do segundo turno, que se mostrou iminente nos últimos dias.
Pesquisas divulgadas nesta semana mostram disputa acirrada entre os candidatos Edson Giroto (PMDB) e Alcides Bernal (PP), inclusive, como empate técnico, o que aumenta as chances do pleito ser decidido mesmo no dia 28 de outubro.
Cabo eleitoral de Giroto, o deputado Marcio Fernandes (PTdoB) mostrou otimismo. “Ainda temos esperança da vitória no primeiro turno”. Ele diz que tem “trabalhado muito” na campanha, participando de “seis a sete reuniões” todos os dias no período da noite.
Contudo, diante da prorrogação na disputa por conta da votação, acredita que o PMDB permanecerá na administração municipal. “O Giroto vai levar. Mesmo que seja no segundo turno”, comentou.
Marcio Monteiro, que engrossa a campanha de Azambuja, afirmou que o partido nem trabalha com a hipótese do tucano não ir para o segundo turno.
Ele se escora no crescimento do deputado federal nas últimas pesquisas em que ele assume o terceiro lugar do ranking, desbancando Vander Loubet (PT).
Vice de na chapa do PT à Prefeitura, o deputado Cabo Almi afirmou que seu partido continua apostando nas pesquisas internas que, segundo ele, mostram empate técnico entre o petista e o candidato do PSDB, Reinaldo Azambuja, no terceiro lugar.
Alianças - Diante do cenário, eles também especularam sobre as possíveis alianças para o segundo turno em Campo Grande.
Márcio Fernandes acredita ser possível uma aliança entre PT e PMDB, além de apostar na proximidade histórica com o PSDB. “Sempre foi aliado”, frisou.
Já Pedro Kemp (PT) mostrou discordou. Avalia que petistas e peemedebistas dificilmente caminhariam juntos na Capital por conta “das divergências históricas”. “Mas isto vai ser discutido, com certeza. No entanto, acho fundamental quebrar a hegemonia do PMDB”.
Para Almi, os partidos que anunciaram um bloco de oposição, sobretudo, PP, PSDB e PT, vão manter o acordo para eleger o adversário do PMDB no segundo turno.
O candidato progressista, Alcides Bernal, que apareceu pela primeira vez em primeiro lugar na pesquisa divulgada pelo Ibope, ontem (24), também acredita que o bloco “é vontade da militância e da população”.
Já Monteiro acredita que as negociações devem ficar mesmo para depois de 7 de outubro. “Depende do entendimento dos partidos. Nós vamos querer o apoio do Giroto se ele não estiver no segundo turno, como do Bernal, da mesma forma que os dois vão querer o apoio do PSDB”, especulou.