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Política

Emenda pode mudar critério de suplementação e reduzir autonomia de Bernal

Fabiano Arruda | 27/11/2012 18:21
Um dos autores da emenda, vereador Airton Saraiva diz que Câmara precisa ser mais fiscalizadora. (Foto: arquivo)
Um dos autores da emenda, vereador Airton Saraiva diz que Câmara precisa ser mais fiscalizadora. (Foto: arquivo)

Emenda ao orçamento da Prefeitura de Campo Grande no ano que vem pode mudar o critério de suplementação e diminuir a autonomia do prefeito eleito, Alcides Bernal (PP), a partir do ano que vem.

A proposta prevê que seja reduzido de 30% para 5% o índice autorizado pela administração municipal em abrir créditos adicionais sem que a operação passe pelo crivo do legislativo.

O vereador Athayde Nery (PPS) confirmou a existência da matéria e criticou a iniciativa. “Não fizeram isso como André (Puccinelli), nem com o Nelson (Trad Filho) e agora fazem. Mas não é porque o Bernal ganhou que precisa sofrer retaliação”, disse, ressaltando não acredita que a medida estivesse em tramitação, caso Edson Giroto (PMDB) tivesse vencido a eleição.

Nery revelou que o processo de governabilidade que o grupo do prefeito eleito tenta construir com a formação de uma base no legislativo é fundamental diante de um cenário como este. Para ele, a emenda tem cunho muito mais político do que técnico.

O parlamentar, no entanto, admitiu que os vereadores têm direito na proposição. “É preciso respeitar a autonomia da Câmara”.

Mais responsabilidade – A emenda tem assinaturas de vereadores como João Rocha (PSDB), Paulo Pedra (PDT), Airton Saraiva (DEM), Mário Cesar (PMDB) e Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB).

Segundo o democrata, a matéria tem como único objetivo aumentar a competência da Câmara em transações do Executivo. “A sociedade exige mais da classe política e precisamos estar cada vez mais vigilantes. Não é retaliar, nem engessar ninguém”, garantiu.

Para Saraiva, os parlamentares precisam ter mecanismos para fiscalizar de forma mais incisiva as ações do governo municipal. Segundo ele, o texto será analisado pela Câmara.

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