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Política

Empresário de MS com bens bloqueados nega apoio a atos: "vou provar inocência"

Ele e moradora de Três Lagoas integram lista de pessoas que tiveram bens bloqueados

Jéssica Benitez | 13/01/2023 16:50

Empresário de Maracaju, Adoilto Fernandes Coronel publicou nota negando que esteve em Brasília no último domingo (8). Ele está entre as 56 pessoas que tiveram bens bloqueados a pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) por suposto financiamento dos atos antidemocráticos ocorridos no fim de semana passado na Capital Federal.

Dono de loja de materiais de construção, ele alega que o material divulgado incluindo seu nome se trata de “levantamentos preliminares, sem nenhuma certeza”. Garante que não compactua com “o exercício de nenhum tipo de ato antidemocrático” e ressalta ter conduta ilibada, como é de conhecimento da população maracajuense.

“Portanto, esclareço que não participei e tampouco financiei o acontecido em Brasília no dia 08/01 e que, por ocasião do contraditório e do devido processo legal, caso seja instaurado qualquer investigação ou ação, tudo será devidamente comprovado e esclarecido”.

Adoilto e a empresária de Três Lagoas, Aparecida Solange Zanini, são os únicos moradores de Mato Grosso do Sul que fazem parte do grupo de processados pela União na referida ação que bloqueou total de R$ 6,5 milhões de 56 pessoas físicas e 7 jurídicas.

Solange, ao contrário do empresário, confirmou que esteve em Brasília, participou dos atos e teve o celular apreendido pela polícia, mas sustenta a tese de que o vandalismo foi provocado por “infiltrados da esquerda”. Em vídeo publicado em suas redes sociais, a moradora de Três Lagoas se desculpa pelo “sumiço” e garante que não foi presa.

Ação - O pedido foi feito no início da tarde desta quinta-feira (12) pela AGU, sob argumento de que o valor seria a estimativa de prejuízo causado pelos bolsonaristas que depredaram prédios do STF (Supremo Tribunal Federal), Congresso Nacional e Palácio do Planalto. O valor do bloqueio deve aumentar durante tramitação da ação, já que, segundo os autos, o total bloqueado diz respeito somente ao Senado e Câmara Federal.

Ainda não foram inclusos valores referentes ao STF e Palácio do Planalto. Os dados dos supostos financiadores foram colhidos pela União com auxílio da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que forneceu informações sobre os contratantes dos ônibus que acabaram apreendidos por transportar pessoas que participaram dos atos.

Na noite de quinta, o juiz federal Francisco Alexandre Ribeiro, da 8ª Vara Federal de Brasília, acatou o pedido e determinou o bloqueio. Na decisão, ele diz que mesmo que suspeitos não tenham participado diretamente, há uma relação “por terem financiado o transporte de milhares de manifestantes que participaram dos eventos ilícitos, fretando dezenas de ônibus interestaduais".

Desta forma, "concorreram para a consecução dos vultosos danos ao patrimônio público, sendo passíveis, portanto, da bastante responsabilização civil". O magistrado também escreveu que "seria previsível que a reunião de milhares de manifestantes com uma pauta exclusivamente raivosa e hostil ao resultado das eleições presidenciais" pudesse resultar em "práticas concretas de violência e de depredação que todos os brasileiros viram".

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