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Política

Entre alfinetadas, Adriane e Rose trazem educação e saúde para centro do debate

Terceiro bloco foi de tema livre e as candidatas ainda falaram sobre investimento da Sudeco

Por Fernanda Palheta | 25/10/2024 22:35
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil), durante o debate promovido pela TV Morena. (Foto: Juliano Almeida)
Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil), durante o debate promovido pela TV Morena. (Foto: Juliano Almeida)

As alfinetadas entre as candidatas à Prefeitura de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil) continuaram no terceiro bloco do último debate das eleições municipais de 2024, na noite desta sexta-feira (25). Com tema livre e 10 minutos para cada candidata, Rose e Adriane escolheram temas que afetam o dia a dia dos campo-grandenses para o centro da discussão: educação e saúde.

A prefeita e candidata à reeleição, Adriane Lopes (PP) retomou o debate promovido pela TV Morena, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso do Sul, perguntando quantas empresas foram beneficiadas pelas duas caravanas da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), órgão em que a candidata do União Brasil esteve à frente no último ano.

A ex-superintendente respondeu afirmando que mais de mil empresas foram atendidas e aproveitou o momento para criticar a gestora dizendo que ela "não sabe" como é a atuação do órgão e afirmou que aumentou os recursos para investimento na região. "Nós saímos de R$ 11 bilhões para o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), fomos para 12 bilhões para o Centro-Oeste inteiro, e nós colocamos pela primeira vez R$ 1 bilhão para o microcrédito. Os bancos quem precisa agora agir e atender as pequenas empresas", descreveu.

Rose aproveitou para entrar no tema educação e questionou a atual prefeita sobre os desafios para a valorização dos profissionais de educação. "Tem vários desafios, o piso por 20 horas, por exemplo, a senhora repactuou e vai pagar até 2028, e ao mesmo tempo a senhora pagou 250 mil reais pra fazer as salas modulares, uma sala 250 mil reais, era essa a mesma prioridade?", questionou.

Antes de falar sobre educação, Adriane criticou a adversária por não responder os temas propostos. "No bloco anterior eu fiz quatro perguntas, ela não respondeu nenhuma. E ela continua nesse terceiro bloco sem responder", disse.

A atual prefeita ainda reforçou que educação é prioridade da gestão. "Eu construí 152 salas de aulas em seis meses. Matriculei 6.600 crianças agora, porque se eu fosse esperar quatro anos eu não teria tempo para construir uma escola nova. Eu construí com responsabilidade, todo contrato tem análise breve dos órgãos de controle e não tem nenhuma regularidade, mas tem resposta", apontou Adriane.

Rebatendo as acusações, Rose disse que Adriane continua mentindo. "Ela insiste em mentir, eu já não sei mais se é mentira ou se é loucura", alfinetou. A candidata do União Brasil ainda criticou a solução escolhida pela atual gestão para diminuir as filas de por vagas em escolas. "O que não dá mesmo para entender é pagar R$ 250 mil reais em uma sala modular, 250 mil reais dá para construir duas casas populares", ressaltou.

Adriane aproveitou a discussão para dizer que enquanto deputada federal, Rose votou contra os servidores públicos e questionou se faria o mesmo na Capital. "A senhora acha justo um servidor público ter um salário congelado por 15 anos?", questionou Adriane.

Rose desmentiu e relembrou os embates da atual prefeita com diversas categorias. "Eu jamais votei contra o servidor. Agora, por falar em servidor, o servidor público de Campo Grande, o da enfermagem teve que ficar meses em frente da prefeitura", rebateu.

Após reforçar os dados, os avanços da gestão na educação, Adriane questiona Rose sobre as medidas para zerar a fila das escolas. A candidata do União Brasil promete que não só vai acabar com a fila da educação, mas vai acabar com a "fila da dor". "No nosso governo não vai ter fila, aliás, hoje não era para ter", disse. Rose questiona Adriane sobre a "fila do remédio, das consultas com especialistas, das cirurgias e das mães que tem que lutar por comida por seus filhos".

A prefeita aponta que já encontrou a solução com a construção do hospital municipal. "Eu estou propondo o caminho da solução para o problema da saúde em Campo Grande. Semana passada, nós não tínhamos leito pra encaminhar as pessoas das UPAs de Campo Grande. E o caminho da solução é a construção de um hospital municipal. Hoje, Campo Grande tem 900 mil habitantes, mas atende 1,5 milhão de cartões SUS", apontou Adriane.

Ela ainda destaca as avanços da administração. "Aqui em Campo Grande, nesses dois anos, eu abri duas unidades de atenção primária. Nós abrimos o Centro de Saúde delas e mais de nove mil mulheres atendidas ao mês. Eu abri o pronto atendimento pediátrico 24 horas e nesses três meses que foi aberto", completa.

Para a ex-superintendente da Sudeco, os gargalos da saúde podem ser resolvidos de outras maneiras e criticou o endividamento da administração para a construção do complexo. Ela aponta a repactuação de leitos como saída. "Nós temos pouco mais de 1400 leitos e oito hospitais, sendo dois públicos e seis filantrópicos. Nós temos a capacidade de ampliar o número de leitos, agora quem está doente, quem está correndo o risco de morrer não vai ter tempo de esperar construir um novo hospital", destacou.

As duas candidatas ainda prometeram finalizar todas as obras paradas da cidade. Durante o bloco, a polarização política foi citada quando Adriane afirmou que Rose foi indicada para a Sudeco pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para desvincular a imagem ao petista e ao campo político da esquerda, Rose reforçou que é de um partido de centro-direita e que a indicação ao órgão foi feita pelos quatro governadores do Centro-Oeste.

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