Ari Artuzi presta depoimento hoje sobre acusação de racismo
O ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi (PMN), presta depoimento hoje, às 13 horas, em um processo movido contra ele por racismo. Ele foi denunciado após declarar “nóis temu fazemu serviço de genti branca; serviço de genti” durante entrevista à Rádio Grande FM, ao comentar obras de recapeamento no dia 14 de agosto do ano passado. Também serão ouvidas hoje testemunhas de acusação.
O MPE (Ministério Público Estadual) quer a prisão do ex-prefeito e aplicação de multa de R$ 300 mil. A pena por crime de racismo vai de 2 a 5 anos.
Na denúncia, o Ministério Público Estadual alega “discurso infamante e racista proferido pelo outrora prefeito da 2.ª maior cidade de Mato Grosso do Sul repercutiu imediatamente, tanto que vários cidadãos reclamaram prontamente perante a emissora que transmitiu o pronunciamento. O telefone da rádio não cessava de tocar com ligações disparadas por ouvintes indignados”, afirma o promotor João Linhares Júnior.
Artuzi deveria ter sido ouvido no dia 12 do mês passado. A advogada que representa o ex-prefeito, Luci Mara Tamisari Areco, justificou, no dia, que a audiência foi transferida porque faltaram algumas testemunhas, tanto da defesa quanto da acusação. Ela declarou que o ex-prefeito acompanhou os depoimentos, mas não se manifestou.
No dia foram ouvidas três testemunhas arroladas pela acusação, que é representada pelo MPE (Ministério Público Estadual) e duas testemunhas de defesa.
O juiz Jairo Quadros colheu os depoimentos dos radialistas Osvaldo Duarte e Eduardo Palomita, que entrevistaram Artuzi no dia em que ele proferiu as declarações consideradas racistas, além do sindicalista Ronaldo Ramos, todos convocados pelo MPE. Em defesa do ex-prefeito, falaram os ex-servidores João Pinheiro e Anizio de Souza Santos.
O caso-O ex-prefeito Ari Artuzi foi denunciado após declarar “nóis temu fazemu serviço de genti branca; serviço de genti” durante entrevista à Rádio Grande FM, quando comentava a respeito de obras de recapeamento realizadas em sua administração.
Ari Artuzi renunciou à prefeitura de Dourados após ser preso pela operação Uragano, deflagrada pela PF (Polícia Federal) em setembro de 2010. Durante a operação foi revelado esquema de fraudes envolvendo a Prefeitura, Câmara Municipal e empresários. Artuzi também foi alvo da operação Owari, realizada em 2009.