Ex-prefeito da Capital pede que Justiça o libere para disputar eleição
Alcides Bernal perdeu os direitos políticos após condenação em ação sobre Seleta e Omep
Após ser condenado a pagar multa de R$ 1 milhão e perder seus direitos políticos por cinco anos, o ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), pediu que a Justiça reveja a decisão com urgência, pelo menos no que diz respeito à inelegibilidade, porque quer concorrer nas eleições de outubro.
A pressa, segundo ele, se deve ao fato de que a convenção do Partido Progressistas ocorre nesta sexta-feira (5), último prazo para que os pré-candidatos oficializem candidatura perante a Justiça Eleitoral. Bernal alega que já foi vereador, deputado estadual, prefeito e, portanto, “tem direito constitucional à elegibilidade”, pois pretende disputar cargo eletivo em 2022.
A condenação ocorreu na ação oriunda da Operação Urutau que desmantelou esquema de desvio de verba feito por contratações irregulares feitos pela Prefeitura junto à Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária e Omep (Organização Mundial Para Educação Pré-Escolar) em 2016.
No pedido ele alega que, embora seja inocente, durante a apuração houve determinação de bloqueio de bens no valor de R$ 16 milhões, fato que, divulgado pela imprensa e usado por seus adversários políticos, “causou a desmoralização pessoal, familiar, profissional, política, destruindo a saúde e causando a ruína financeira de Alcides Bernal”.
Após argumentação, no último dia 27, o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa pediu que o Ministério Público se manifestasse dentro de 15 dias se é favorável ou não a extinguir as penalidades. No entanto, o ex-prefeito pediu urgência justamente porque a convenção partidária será realizada na manhã do dia 5 de agosto. Ao Campo Grande News, Bernal contou que quer concorrer a deputado federal.