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Política

Ex-senador admite culpa e diz que tornará públicas mais informações

Mayara Bueno | 16/05/2016 22:33
Delcídio do Amaral foi o entrevistado desta noite do programa Roda Vida, da TV Cultura (Foto: Reprodução TV Cultura)
Delcídio do Amaral foi o entrevistado desta noite do programa Roda Vida, da TV Cultura (Foto: Reprodução TV Cultura)

O ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido) admitiu ter culpa na tentativa de obstrução da Lava Jato, que investiga desvios na Petrobras, e que ainda tem mais informações que tornará públicas. A declaração fez parte da entrevista que concedeu, nesta segunda-feira (16), ao programa Roda Viva.

Delcídio foi bastante questionado a respeito da ações que o levaram à sua prisão, em novembro passado. Ele foi pego por conta de uma gravação em que oferece ajuda financeira e plano de fuga para Nestor Cerveró, investigado e delator da Lava Jato, segundo ele, tratou de uma “conversa com uma família em situação precária”.

“Eu sou culpado disso, já admiti antes e falo agora, e vou ter de responder na Justiça por isso”, disse. Sobre mais conteúdo, cujo detalhes “são extremamente relevantes”, em suas palavras, o ex-congressista disse que o tornará público “tão logo” for possível. Ele se referiu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios, que investigou ao escândalo que ficou conhecido como mensalão.

O ex-senador afirmou a questão quando questionado se seria verdade que teria enterrado documentos sobre o colegiado em sua fazendo em Mato Grosso do Sul. “Se está enterrado não posso falar, mas que vou tornar público, eu vou. E trazer com detalhes extremamente relevantes”.

Também respondeu a perguntas sobre José Carlos Bumlai, também preso pela Lava Jato, e como o pecuarista teria conhecido o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Delcídio disse que os dois se conheceram na ocasião da gravação de um programa eleitoral, voltado para o agronegócio, sugestão, segundo o ex-senador, do ex-governador do Estado e deputado federal, Zeca do PT. “A gravação foi feita em uma das fazendas do Bumlai. A partir daí, a relação dele com Lula ficou muito mais próxima”. O pecurista é alvo de investigações sobre um supostas negociações fraudulentas.

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