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Política

Corrupção sempre existiu, mas tornou-se sistêmica no governo PT, diz Delcídio

Ex-senador é entrevistado sobre a Operação Lava Jato

Mayara Bueno | 16/05/2016 21:28
Ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido).(Foto: Reprodução TV Cultura)
Ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido).(Foto: Reprodução TV Cultura)

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que acontece nesta segunda-feira (16), o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido), responde a perguntas de jornalistas a respeito da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras, na qual Delcídio é delator.

Sobre o escândalo que explodiu no governo do PT, o ex-senador disse que a corrupção na estatal acontece há tempos, mas se tornou sistêmica nos últimos 12 anos. “o processo foi crescendo desde outros presidentes. A diferença é que aí começou haver uma atuação sistêmica e partidária, criou um nível mais amplo. Isso é inegável, vem numa evolução para um quadro sistêmico”.

Reconheceu que “passou dos limites” quando tentou obstruir a apuração, oferecendo ao ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró, benefícios em troca de seu silêncio, episódio que o levou à prisão em novembro passado.

No entanto, sobre ele, disse que passou a limpo todas as coisas que diziam respeito a ele, em sua delação, quando questionado se foi beneficiado com R$ 2 milhões, fruto de desvios da Petrobras, como constam em outras delações. “As denúncias contra mim caíram por terra, porque em outras delações as informações não fecharam. Como fiz vários depoimentos eu passei a limpo tudo contra mim. Não me beneficiei financeiramente”.

Perguntado sobre o presidente da República, em exercício, Michel Temer (PMDB), foi cauteloso, mas disse que “não botar a fogo por ninguém”. Negou ter conhecimento se o vice tem algum envolvimento em corrupção.

Esta é a primeira entrevista que Delcídio faz após a cassação de seu mandato, na semana passada. O processo contra ele foi aberto levando em consideração quebra de decoro parlamentar.O programa ainda continua, com perguntas de jornalista ao ex-parlamentar.

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