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Política

Lama Asfáltica vai investigar denúncia feita por Delcídio no acordo de delação

Paulo Yafusso | 14/05/2016 08:56
Denúncias feitas pelo ex-senador Delcídio do Amaral em delação será investigada na Lama Asfáltica (Foto: Arquivo)
Denúncias feitas pelo ex-senador Delcídio do Amaral em delação será investigada na Lama Asfáltica (Foto: Arquivo)

A próxima etapa da investigação da Operação Lama Asfáltica deverá chegar ao ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido), que teve o mandato cassado pelo Senado nesta semana. A apuração a ser feita pela PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União) é com relação ao acordo de delação premiada assinada com a PGR (Procuradoria-Geral da República), em que ele faz referência a esquema de propina envolvendo o Ministério dos Transportes e políticos de Mato Grosso do Sul.

À página 76 do acordo de delação, consta que “Delcídio do Amaral tem conhecimento de que através de um 'jogo combinado' entre o então Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, o ex-governador André Puccinelli e seu secretário Edson Giroto, foi realizado um 'acordo' ilícito a fim de promover uma descentralização de todos os investimentos federais no estado, de forma a facilitar a arrecadação de propinas”.

Ainda conforme o documento, Edson Giroto ficou responsável por operacionalizar esse esquema, “sendo que a propina arrecadada era repassada aos PR e ao PMDB” e de que o dinheiro serviu para “irrigar” campanhas desses dois partidos em Mato Grosso do Sul. Na delação, o ex-senador diz que ficou sabendo do esquema pelo próprio Edson Giroto.

Amaral dá pistas ainda de que a PG e a CGU terão coisas ainda a descobrir sobre o que está sendo investigado na Lama Asfáltica, pois “o escândalo foi descoberto apenas em alguns pontos” e afirma que a Operação Lama Asfáltica “aparentemente vem enfrentando dificuldades em avançar nas investigações”.

Edson Giroto e outras 14 pessoas foram presas temporariamente na Operação Fazendas de Lama, na última terça-feira (10). Desses, três mulheres conseguiram o benefício de cumprir a prisão em regime domiciliar, e o servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Edson Yudi Komiyama, foi solto na tarde desta sexta-feira (13).

As mulheres beneficiadas pela prisão domiciliar são a mulher de Giroto, Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto, Elza Cristina Araújo dos Santos, sócia de João Alberto Krampe Amorim dos Santos na Proteco, e Mariane Mariano de Oliveira, filha do servidor da Agesul Wilson Roberto Mariano, o Beto Mariano. As prisões temporárias vencem à meia-noite de amanhã.

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