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Política

Famasul espera mais segurança jurídica e deposita “esperança” em Bolsonaro

Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul acredita que o novo governo deve mudar as diretrizes do setor

Izabela Sanchez | 12/12/2018 13:22
Presidente da Famasul, Maurício Saito (Foto: Izabela Sanchez)
Presidente da Famasul, Maurício Saito (Foto: Izabela Sanchez)

O futuro governo do país, do presidente eleito Jair Bolsonaro, deve mudar as diretrizes do setor agropecuário. É o que espera a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). Presidente da instituição, Maurício Saito afirma que a Federal deposita “esperança” no novo governo.

“Existe uma expectativa, uma esperança de mudança na diretriz do nosso país, automaticamente transfere-se isso a todas as atividades, não só a agropecuária. A partir do momento que você tem um governo que a diretriz principal é fazer com que seja respeitado o direito de propriedade, ganhamos mais segurança jurídica para produzir, termos mais previsibilidade”, comentou.

“Não podemos ter um governo que paute inúmeras novas leis ao bel prazer”, afirma. Para o presidente, o novo governo, que terá como ministra da Agricultura a deputada sul-mato-grossense Tereza Cristina (DEM), vai fazer com que o produtor “produza com mais tranquilidade”.

“Temos indicativos de que ele vai favorecer, não através de benefícios, mas fazer com que o produtor possa produzir com tranquilidade. Quando temos um estado com 140 propriedades invadidas e mesmo assim entrega ano após ano números positivos de produtividade, demonstra que o produtor a partir do momento que tenha mais previsibilidade das questões jurídicas, vai entregar mais ainda à sociedade. Então isso faz com que, através das indicações desse novo governo, nós tenhamos um cenário mais positivo ao setor agropecuário, não só sul-mato-grossense como nacional”, pontuou.

Demanda por alimentos – O setor, comenta Saito, deve estar preparado para um cenário em que há, cada vez mais, demanda por alimentos, que crescer 70% até 2050, segundo especialistas presentes no Global Agribusiness Fórum.

A necessidade de mais alimentos seria impulsionada, principalmente, pelo aumento da população nos países do chamado E7, os sete maiores países emergentes: China, Índia, Brasil, Rússia, Indonésia, México e Turquia. É o que lembrou o presidente. “Nós temos um aumento populacional mundial, que vai fazer com que nós tenhamos uma demanda maior por alimento. Temos que preparar o estado de Mato Grosso do Sul através do compartilhamento de conhecimento, levando novas tecnologias a partir do momento que também fortaleçamos a comunidade científica”.

Saito afirma que é necessário investir na ciência para superar o desafio. “Há uma necessidade muito grande do Estado, seja ele governo do Estado ou federal, de uma visão bastante estratégica e positiva em relação a comunidade científica”, enfatizou.

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