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Política

Focado em "minorias", Zeca quer usar experiência do governo no Senado

Atualmente deputado federal, candidato aposta na experiência como governador por 8 anos para chegar ao Senado

Gabriel Neris | 17/09/2018 16:49
Zeca do PT defende experiência como governador para atuar no Senado (Foto: Kísie Ainoã)
Zeca do PT defende experiência como governador para atuar no Senado (Foto: Kísie Ainoã)

Candidato ao cargo de senador para os próximos oito anos, o deputado federal Zeca do PT defende reformas que beneficiem minorias, como os sem-terra, indígenas e quilombolas. Também aposta na experiência dos dois mandatos como chefe do Executivo, de 1999 a 2006.

“Quero ser no Senado a voz daqueles que aqui nunca tiveram. Os sem-terra, que lutam pela reforma agrária, que lutam contra uma estrutura fundiária absolutamente injusta. Que concentram nas mãos de alguns uma enorme quantidade de terra enquanto muitos perambulam querendo pedaço de chão para produzir alimento”, diz.

Zeca do PT defende reformas estruturais, entre elas tributária, do sistema financeiro e da estrutura fundiária. “Quem paga imposto no Brasil é o pobre. Quanto mais rico, menos imposto para pagar. A política tributária brasileira é regressiva, ela tributa o consumo. Tributa o arroz, o feijão, a carne, o leite, o pão, que diariamente precisamos consumir. Para os pobres é um peso”, afirma o candidato.

Sobre a reforma do sistema financeiro, alega que os bancos não financiam a produção e dão lucros “vergonhosos”. “A [taxa] Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é 6,5%. Se você tem um cartão de crédito vai pagar na média de 300% a 400% ao ano. Precisamos de uma reforma do sistema financeiro que valorize os bancos públicos, como Banco do Brasil e a Caixa, e que enquadre uma política de financiamento do micro e pequeno negócio nos bancos particulares”, observa.

Candidato ao Senado defende referendo para anular reformas do governo Temer (Foto: Kísie Ainoã)
Candidato ao Senado defende referendo para anular reformas do governo Temer (Foto: Kísie Ainoã)

“Queremos fazer um referendo popular para anular todas essas barbaridades cometidas contra o povo brasileiro e contra a riqueza nacional. A reforma trabalhista, a terceirização da mão-de-obra. Vai ter escola sem professor como já tem banco sem bancário”. 

O candidato também defende um referendo sobre as reformas propostas pelo governo Temer.

“Queremos fazer um referendo popular para anular todas essas barbaridades cometidas contra o povo brasileiro e contra a riqueza nacional. A reforma trabalhista, a terceirização da mão-de-obra. Vai ter escola sem professor como já tem banco sem bancário. A reforma previdenciária joga o problema nas costas do trabalhador, é uma mentira, uma enganação”, afirma.

“Prepotência” – Zeca do PT, que chegou a ter a candidatura colocada sob ameaça por uma condenação judicial, criticou as ações recentes do Ministério Público que culminaram na prisão do ex-governador André Puccinelli (MDB) e no mandado de busca e apreensão na casa do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), candidato à reeleição.

“Acho uma estupidez. Está na hora de setores democráticos botarem uma tranca nessa arrogância, nessa prepotência do Ministério Público, que pede a prisão sem um elemento concreto”, reclama o deputado federal citando também o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em 2ª instância por corrupção no caso tríplex de Guarujá (SP).

“Está preso como está o André [Puccinelli]. É adversário, mas tenho que ser honesto. André está preso sem um processo formal porque o Ministério Público ou alguém quer. Um ano depois manda prender um conjunto de figuras públicas do PSDB porque podiam desaparecer com provas. Concluam o processo. Junta as provas. A prova cabe a quem acusa, denuncie, condena aí manda prender. Sem isso é ditadura”, completa.

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