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Política

Futura ministra da Mulher diz que pretende estabelecer parcerias em MS

Ativista que atuou em MS, Aparecida Gonçalves diz que é preciso olhar para indígenas e ribeirinhas

Silvia Frias | 22/12/2022 15:26
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e a futura ministra da Mulher, Aparecida Gonçalves. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e a futura ministra da Mulher, Aparecida Gonçalves. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A futura ministra da Mulher, Aparecida Gonçalves, disse que espera estabelecer forte parceria com o Estado e organismos municipais de Mato Grosso do Sul na luta pelos direitos, autonomia e liberdade das mulheres. Cidinha, como é conhecida, foi anunciada para o cargo pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Cidinha Gonçalves tem histórico de militância em Mato Grosso do Sul. Paulista de nascença, se considera sul-mato-grossense, onde teve atuação política no PT e no governo Zeca do PT.

 “Minha vida inteira foi uma militância no movimento das mulheres, no feminismo, na luta por direitos humanos, pela dignidade, autonomia e liberdade”, disse Cidinha, em entrevista ao Campo Grande News, horas depois de ter o nome anunciado por Lula.

“Estar nesse espaço é muito tranquilo, é local de construção política, de empoderamento, tem a ver com minha trajetória de vida que foi construída em Mato Grosso do Sul”, disse a futura ministra, lembrando o início do trabalho no movimento popular de mulheres e, posteriormente, nos governos Lula e Dilma Rousseff.

Sobre MS, Cidinha diz que a subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres tem forte atuação e que espera estabelecer forte parceria com organismos estaduais. “É preciso olhar específico da política pública, considerando as mulheres indígenas, pantaneiras e ribeirinhas”, avaliou.

Trajetória – Aparecida Gonçalves foi assessora técnica e política da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher no Governo do Estado entre 1999 e 2000 e assessora da Coordenadoria de Atendimento à Mulher da Secretaria de Estado de Assistência Social Cidadania e Trabalho, de 2001 a 2002, na gestão de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT.

De 2003 a 2012 foi secretária nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Agora, na transição, segue no núcleo que tratará da pasta das mulheres.

Em 2019 Aparecida esteve na Assembleia Legislativa junto a então subsecretária Especial de Cidadania, Luciana Azambuja, em reunião ampliada do Comitê Estadual de Combate ao Feminicídio. Ela também se fez presente quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) inaugurou a Casa da Mulher Brasileira, primeira delegacia 100% voltada para mulheres no Brasil à época.

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