Governo aposta na “consciência coletiva” do servidor para reduzir gastos
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) lançou hoje o programa "Governo Consciente", que pretende reduzir os gastos com custeio em todos os órgãos estaduais, para diminuir o déficit mensal da máquina pública e assim buscar um equilíbrios das contas. A intenção é que esta economia seja feita de forma coletiva pelos servidores.
"Vamos buscar a economia no custeio, para diminuir os gastos a que dentro e aumentar o que a gente entrega lá fora para população, em investimentos para melhorar a qualidade de vida, temos que gastar com as pessoas", disse Reinaldo, durante o lançamento do programa, que ocorreu no auditório da governadoria, com a presença dos secretários e gestores de fundações e repartições públicas.
Reinaldo ponderou que já em novembro do ano passado, propôs como governador eleito, a redução de secretarias e assim que assumiu o cargo, diminuiu contratos, despesas, cargos comissionados e custeio, com a intenção de buscar o equilíbrio necessário.
"Nós recebemos um pacote de aumentos na folha (salarial) e ainda lidamos com a queda da receita, depois de 20 anos, agora além de economizar, temos que renegociar a dívida com a União, fazer um equilíbrio previdenciário e uma maior eficiência no gasto público", disse o tucano.
Custeio - O governador adiantou que já houve uma redução do custeio, em comparação a 2014, mas que precisa ampliar, pois não foi o suficiente. "Precisamos do engajamento de todos, ainda temos um déficit mensal, podemos economizar em várias áreas como água, energia, manutenção, usar o TI (Tecnologia da Informação) para diminuir gastos com papéis".
Ele ainda lembrou que uma das metas é pagar o 13° salários dos servidores, de forma integral, apesar dos problemas de caixa do governo estadual. "Está no nosso planejamento, no começo do ano todos os secretários assinaram metas e vamos trabalhar para concluí-las, vai ser um trabalho coletivo".
Economia - O secretário estadual de Administração, Carlos Alberto Assis, disse que o programa vai motivar este trabalho coletivo de redução de custeio, com economia efetiva no dia a dia dos trabalhos. "Nós já conseguimos uma redução de R$ 600 mil por mês e vamos ampliar mais, este número vai aumentar".
Ele destacou que o gastos mensal de custeio está em média em R$ 12,5 milhões, mas que não existe uma meta estabelecida para cada secretaria ou órgão estadual. "Não tem meta, o ideal seria gasto zero, mas como é impossível, cada secretaria vai fazer sua parte, até porque os modelos são diferentes, faremos esta cobrança e monitoramento mês a mês".
Assis ainda ponderou que hoje o governo conseguiu mapear todos os passos das secretarias e atividades dos servidores e que já utiliza ações de planejamento estratégico, para controle dos gastos, com a intenção de ter uma administração eficiente. "Sabemos das críticas que são feitas, mas não devemos sair do caminho, porque estamos no caminho certo".