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Política

Grupo invade fazenda de senadora, mas sai após conversa com a polícia

Liderados por duas mulheres, oito pessoas se identificaram para os policiais como membros do Acampamento Fênix

Gabriela Couto | 30/04/2023 14:55
Senadora Tereza Cristina (PP) durante pronunciamento na reunião da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária realizada na última quinta-feira (27). (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Senadora Tereza Cristina (PP) durante pronunciamento na reunião da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária realizada na última quinta-feira (27). (Foto: Pedro França/Agência Senado)

A senadora Tereza Cristina (PP) foi informada que um grupo de oito pessoas tentou invadir a propriedade dela, neste domingo (30) de manhã. A Fazenda Santa Eliza fica em Terenos, a 25 km de Campo Grande. “A polícia foi acionada e foi muito ágil. Todos foram retirados pacificamente”, explicou Tereza.

De acordo com ela, a situação foi normalizada antes mesmo do almoço. Os militares que atenderam a ocorrência afirmaram que o grupo era liderado por duas mulheres que se identificaram como integrantes do Acampamento Fênix, que não faz parte do MST (Movimento Sem-Terra).

Os policiais afirmam que oito pessoas tentaram armar um acampamento no fundo da fazenda, próximo a rodovia. Ao chegarem no local, os militares convenceram os invasores a desmobilizar a ação e irem embora por meio do diálogo. Ninguém foi preso.

Tereza Cristina afirmou que não está em Mato Grosso do Sul e que foi informada que a situação foi normalizada. Vale lembrar que a senadora foi ex-ministra da Agricultura durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Neste período, ela teve como meta entregar 300 mil títulos de terras a produtores rurais do país.

Aliada de primeira hora do ex-presidente, a ação acontece após quatro meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista sofre uma crise interna com grupos do MST, com quem sempre teve ligação direta.

Líderes do movimento reivindicam mais celeridade no processo de reforma agrária no país. Inclusive, por conta do aumento de invasões de propriedades neste ano, a Câmara dos Deputados abriu na quarta-feira (26) a CPI do MST para investigar as ações do grupo.

A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul) emitiu nota após a divulgação do caso, repudiando as invasões de terras promovidas no Estado.

"A OAB-MS defende os direitos e garantias constitucionais, notadamente o direito de propriedade garantido no artigo 5º, XXII. O respeito ao direito de propriedade será sempre farol da instituição, barreira intransponível de um Estado que se pretenda de Direito. A Ordem acompanhará o caso exigindo apuração e responsabilização dos envolvidos".

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