Histórico financeiro da previdência lota 17 caixas e segue para Câmara
Cópias de livros fiscais do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) já somam 17 caixas que seguirão nesta quinta-feira (9) para a Câmara Municipal. Na ocasião, a comissão de vereadores que investiga suspeita de fraude financeira no Instituto receberá os documentos para, então, seguir com os trabalhos que apuram possíveis desvios de até R$ 300 milhões.
Conforme o presidente da Comissão, vereador Hederson Fritz (PSD), toda a documentação, referente aos últimos sete anos, solicitada via ofício no dia 11 de janeiro, será entregue pelo próprio presidente do Instituto. "Lauro Davi já confirmou presença na reunião agendada para às 9 horas. A partir da entrega, definiremos a metodologia e cronograma", explicou Fritz. Para auditar tantos volumes, os parlamentares já contam com um contabilista terceirizado e um assessor jurídico da casa de leis.
Auditoria - O eixo dorsal da investigação é entender onde foi parar o dinheiro do caixa. "Sabemos que em 2009 havia saldo de quase R$ 300 milhões e atualmente a reserva técnica do instituto não passa de R$ 10 milhões", aponta Fritz. Para tanto, a comissão especial de vereadores que acompanha a reestruturação do IMPCG deve requisitar novos documentos, que consistem no organograma de 2013 até este ano, além de atos e atas sobre as finanças que envolvem os servidores públicos municipais da mesma época.
Isso porque já foi constatado que a receita de gastos passou a ser maior do que os valores arrecadados a partir do ano de 2013, após análise jurídica feita apenas com os relatórios divulgados na prestação de contas no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).
Para agilizar os trabalhos, a comissão foi dividida em duas equipes. A relatora da comissão, Cida Amaral (PTN) e o vereador Chico Veterinário (PSB), vão analisar o critério Assistência Social. Já o presidente da Hederson Fritz e os demais parlamentares Jeremias Flores (PT do B) e William Maksoud (PMN), vão cuidar da pasta que envolve a previdência.
O outro lado - Colaborativo, o ex-deputado Lauro Davi, que assumiu o IMPCG em 1º de janeiro, já esteve na Câmara comprometendo-se a ajudar em tudo que for necessário. Ao Campo Grande News, Lauro adiantou que tudo será entregue em cópia física, "xerocada", conforme solicitado, e "que se o pedido fosse referente à sua gestão poderia garantir que estaria tudo correto", finalizou Lauro, que também presidiu a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul).