Vereadores decidem fazer varredura nas contas da previdência municipal
Com suspeita de desvios financeiros, Comissão Especial vai solicitar livros fiscais de 2010 a 2016 para auditar contas do IMPCG
Frente a supostos indícios de irregularidades administrativas e desvios financeiros no fundo previdenciário do Município, vereadores decidiram auditar as contas do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande). Para tanto, criaram uma Comissão Especial para Acompanhamento e Reestruturação do IMPCG que pedirá cópia dos livros fiscais e diários, referentes ao período de 2010 a 2016.
“Queremos saber o que tem sido feito com o dinheiro da nossa aposentadoria. Houve uma ingerência e deve-se apurar o que aconteceu. Vimos pela imprensa que havia R$ 300 milhões no Fundo no começo da gestão passada e esse dinheiro sumiu. Não sabemos quanto tem hoje", disse o servidor municipal Fernando Câmara, durante a primeira reunião da comissão, nesta semana.
Fernando trabalha há 15 anos para o Município e, assim como outros servidores, reclama a falta de extratos e demonstrativos contábeis. Na ocasião, o vereador Francisco Gonçalves, o Chico Veterinário (PSB), que integra a comissão, também demonstrou preocupação.
"Sou funcionário aposentado do município e vemos pelo País todas as previdências estouradas, com rombos que não tem como corrigir. Tínhamos um caixa muito grande e esse dinheiro desapareceu".
Conforme a relatora, a vereadora Cida Amaral (PTN) os ofícios serão encaminhados ao Instituto até a próxima segunda-feira (9). "Na próxima reunião vamos alinhavar como será a metodologia de trabalho", explicou.
A Comissão Especial é presidida pelo enfermeiro Hederson Fritz (PSD) e conta ainda vom o Pastor Jeremias Flores (PTdoB) e William Maksoud (PMN) e Dr Livio Leite (PSDB).
Na próxima quarta-feira (11), às 9h, a comissão apresentará o cronograma e detalhes das próximas ações. O encontro está marcado para às 9h, no Plenarinho Edroim Reverdito.
Polêmica - No início de dezembro, reportagem do Campo Grande News denunciava que médicos, psicólogos e outros profissionais de saúde estavam deixando de atender pacientes do IMPCG. A justificativa dada pelos credenciados aos servidores municipais e seus dependentes era que a autarquia administrada pela prefeitura da Capital atrasa constantemente os pagamentos pelas consultas, procedimentos e tratamentos realizados.