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Política

Irritado com o governo e Lula, Delcídio estaria perto de decidir sobre delação

Senador petista foi preso em 25 de novembro

Mayara Bueno | 19/01/2016 10:41
Senador Delcídio do Amaral. (Foto: Arquivo)
Senador Delcídio do Amaral. (Foto: Arquivo)

O senador Delcídio do Amaral (PT) pode anunciar em breve se vai aderir à delação premiada. Preso desde 25 de novembro em desdobramento da Operação Lava Jato, o parlamentar é acusado de tentar atrapalhar as investigações, ao articular uma fuga do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, para que ele não aceitasse o acordo de colaboração premiada.

Segundo texto publicado na coluna de Monica Bergamo, na Folha de São Paulo, o senador “deve anunciar nas próximas horas” sua decisão sobre a delação, que é ventilada desde sua prisão, mas negada pelos assessores dele e pela própria executiva estadual do partido desde a prisão.

O texto, publicado nesta terça-feira (19), afirma que Delcídio do Amaral voltou a manifestar irritação com governo federal, com o PT e com o ex-presidente Lula. Ele teria relatado, a pessoas que o visitaram na prisão, ter a certeza de que o STF (Supremo Tribunal Federal) só não autorizou a sua liberação, em dezembro passado, porque ninguém se moveu para que ele obtivsse a decisão favorável.

O parlamentar estaria optando por este caminho ao contratar o advogado Antonio Figueiredo Basto, em dezembro passado, especialista em acordos de colaboração. Ele é responsável pelo processo de colaboração do doleiro Alberto Yousseff.

Sobre sua defesa, tanto no Legislativo quanto Judiciário, os advogados de Delcídio aguardam a volta do recesso do poder legislativo, em 2 de fevereiro, para entregar a defesa prévia dele, assim como o fim do recesso no Judiciário, para tentar novo pedido de soltura.

O senador petista cumpre prisão preventiva – sem prazo para acabar – e também foi denunciado, em dezembro passado, pela PGR (Procuradoria-Geral da República). A reportagem do Campo Grande News tentou entrar em contato, via telefone, com a assessoria do parlamentar, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto.

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