João Rocha diz que espera harmonia, mas prefeito resiste em indicar líder
O presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha (PSDB), disse ter sido muito bem recebido na primeira agenda do ano com o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), ocorrida nessa segunda-feira, 4, e que espera um boa relação harmônica com o Executivo em 2016, apesar de o pepista resistir em indicar um líder na casa. O vereador esteve no gabinete para entrega do cheque no valor de R$ 10,2 milhões referente a economia feita pelo parlamento em 2015.
Para João Rocha, a população espera boa relação institucional entre os chefes dos poderes, “que precisam se falar normalmente. Continuarei otimista e sempre vou agir neste sentido”, afirmou o presidente.
Conforme o presidente da Câmara, Bernal afirmou que pretende ter uma boa relação com o Legislativo. Mas ao mesmo tempo, o prefeito voltou a dizer que vê necessidade de indicar líder, se ele pode tratar diretamente com Rocha os assuntos do Executivo.
João Rocha entende que a figura do líder é importante e necessária na Câmara e pode facilitar a relação entre Executivo e o Legislativo. “É o que faz o contato direto com o vereador durante a sessão. Se tiver um projeto de lei que precisa ser melhorado e até retirado da pauta, o líder tem a liberdade de decisão apoiado pelo prefeito”, explica o presidente da Casa.
No artigo 104 do Regimento Interno da Câmara está descrito que o líder do governo, indicado pelo Executivo, não pode acumular a liderança de bancada, salvo se for o único membro do partido na Casa, justamente por ser o responsável por representar o prefeito junto aos parlamentares e cuidar da tramitação dos projetos de lei de autoria do Executivo.
Em seu segundo mandato na Câmara, João Rocha disse que Bernal é o primeiro prefeito sem líder na casa. Mas, Bernal tem até o início de fevereiro para mudar de ideia e fazer as articulações políticas para definição de um vereador para representá-lo na Câmara.
O presidente do Legislativo lembra ser necessário esclarecer que a relação pessoal e institucional são coisas diferentes. Para ele, o prefeito deve saber conviver com as críticas dos parlamentares, pois a “Câmara ecoa a vontade da população, que às vezes também vai criticar o chefe do Executivo. O prefeito não pode ficar chateado com isso”, comentou João Rocha.