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Política

Juiz revoga restrição a vereador e livra ex-presidente da Câmara de tornozeleira

No ano de 2019, políticos de Água Clara foram alvos da operação Negócios de Família

Por Aline dos Santos | 02/09/2024 09:54
Saylon Cristiano de Moraes é vereador de Água Clara, a 193 km de Campo Grande. (Foto: Divulgação)
Saylon Cristiano de Moraes é vereador de Água Clara, a 193 km de Campo Grande. (Foto: Divulgação)

A Justiça de Água Clara revogou medidas cautelares contra alvos da operação Negócios de Família. Ex-presidente da Câmara Municipal, Vicente Amaro de Souza Neto, foi autorizado a retirar a tornozeleira eletrônica, enquanto o vereador Saylon Cristiano de Moraes não precisa mais comunicar o Poder Judiciário sobre viagens. A decisão foi publicada na edição desta segunda-feira (2) do Diário da Justiça.

“As revogações comprovam que quanto mais o Judiciário investiga, mais entende que os réus são inocentes”, afirma o advogado Leonardo Duarte, que atua na defesa dos dois políticos.

O trabalho de investigação apurou que o desvio do dinheiro público teve início com a elaboração de processos licitatórios fraudulentos, na modalidade carta convite, os quais eram direcionados a empresas pré-determinadas.

Já Vicente Amaro foi alvo em 2018 da operação Fantasma, quando era presidente da Casa de Leis.  Na época, força-tarefa foi consequência de investigação sobre a nomeação de funcionária fantasma patrocinada por Vicente. No ano seguinte, foi investigado na Negócios de Família.

Saylon de Moraes (União Brasil) se lançou candidato à reeleição, mas acabou renunciando. Antes, teve a candidatura impugnada pelo Ministério Público Eleitoral.

“Assim, o requerido encontra-se inelegível, haja vista que foi condenado, em decisão proferida pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, pela prática dos crimes de fraude à licitação e lavagem de dinheiro, à uma pena de 3 (três) anos e 6 (seis) meses de reclusão, 2 (dois) anos e 3 (três) meses de detenção”.

No mesmo dia, 20 de agosto, o vereador entregou documento à Justiça Eleitoral renunciando por “razões pessoais de foro íntimo”.

 Vicente Amaro foi presidente da Câmara Municipal de Água Clara (Foto:Divulgação) 
 Vicente Amaro foi presidente da Câmara Municipal de Água Clara (Foto:Divulgação)

Também foram revogadas as medidas cautelares impostas contra Atos Batista de Souza, Elnir Jurema da Silva Moreira, Marcele Gonçalves Antônio Guimarães, Valdeir Pedro de Carvalho e Whyldson Luis Correa de Souza Mendes. Contudo, todos devem manter endereço atualizado nos autos, sob pena de serem fixadas novas medidas.

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