Juiz revoga restrição a vereador e livra ex-presidente da Câmara de tornozeleira
No ano de 2019, políticos de Água Clara foram alvos da operação Negócios de Família
A Justiça de Água Clara revogou medidas cautelares contra alvos da operação Negócios de Família. Ex-presidente da Câmara Municipal, Vicente Amaro de Souza Neto, foi autorizado a retirar a tornozeleira eletrônica, enquanto o vereador Saylon Cristiano de Moraes não precisa mais comunicar o Poder Judiciário sobre viagens. A decisão foi publicada na edição desta segunda-feira (2) do Diário da Justiça.
“As revogações comprovam que quanto mais o Judiciário investiga, mais entende que os réus são inocentes”, afirma o advogado Leonardo Duarte, que atua na defesa dos dois políticos.
O trabalho de investigação apurou que o desvio do dinheiro público teve início com a elaboração de processos licitatórios fraudulentos, na modalidade carta convite, os quais eram direcionados a empresas pré-determinadas.
Já Vicente Amaro foi alvo em 2018 da operação Fantasma, quando era presidente da Casa de Leis. Na época, força-tarefa foi consequência de investigação sobre a nomeação de funcionária fantasma patrocinada por Vicente. No ano seguinte, foi investigado na Negócios de Família.
Saylon de Moraes (União Brasil) se lançou candidato à reeleição, mas acabou renunciando. Antes, teve a candidatura impugnada pelo Ministério Público Eleitoral.
“Assim, o requerido encontra-se inelegível, haja vista que foi condenado, em decisão proferida pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, pela prática dos crimes de fraude à licitação e lavagem de dinheiro, à uma pena de 3 (três) anos e 6 (seis) meses de reclusão, 2 (dois) anos e 3 (três) meses de detenção”.
No mesmo dia, 20 de agosto, o vereador entregou documento à Justiça Eleitoral renunciando por “razões pessoais de foro íntimo”.
Também foram revogadas as medidas cautelares impostas contra Atos Batista de Souza, Elnir Jurema da Silva Moreira, Marcele Gonçalves Antônio Guimarães, Valdeir Pedro de Carvalho e Whyldson Luis Correa de Souza Mendes. Contudo, todos devem manter endereço atualizado nos autos, sob pena de serem fixadas novas medidas.
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