Justiça Eleitoral nega pedido de tucanos e descarta abuso de poder em Angélica
Prefeito não diplomado ajudou a eleger sobrinho em seu lugar
A Justiça Eleitoral negou representação ingressada pelo PSDB de Angélica contra o prefeito da cidade, Edison Cassuci (PDT) e o vice-prefeito Paulo Contiero (PTB). A sigla tucana alegou que durante campanha para eleição suplementar, ocorrida em maio deste ano, a chapa que venceu haveria praticado abuso de poder.
Isso porque o presidente do PDT e tio de Edinho, João Donizete Cassuci, fez campanha e pediu votos ao sobrinho. O PSDB destacou que em 2020 Cassuci foi o mais votado para prefeito de Angélica, porém não tomou posse devido sua condenação por prática de crime contra o sistema financeiro nacional.
Desta forma, por ter obtido maioria dos votos, mesmo sem diplomação, e por ser presidente municipal do PDT, configuraria abuso de poder. No entanto, segundo decisão do juiz eleitoral Roberto Hipólito da Silva Júnior, como não chegou a de fato comandar a prefeitura, Cassuci não exercia cargo público, portanto poderia pedir votos para quem quer que fosse.
“Irregularidade alguma se observa na conduta descrita na exordial, porquanto o Sr. João Donizete, tio do então candidato a prefeito representado, não exercia qualquer cargo público. Desse modo, sem necessidade de maiores considerações, sequer há que se aprofundar na análise das condutas de tal pessoal para concluir que não se trata de hipótese de abuso do poder político”.
O eleitorado de Angélica elegeu Edinho no dia 15 de maio desse ano em eleições suplantares justamente porque o tio, João Cassuci, não pôde assumir a cadeira de chefe do Executivo. Aparecido Geraldo Rodrigues, conhecido como Boquinha (PSDB), estava como interino, disputou a suplementar, mas foi derrotado.