Licença médica vence, mas volta de Delcídio ao Senado segue indefinida
Na casa de leis, o parlamentar enfrenta processo que pode resultar na perda de seu mandato
Ainda não está definida a volta de Delcídio do Amaral (sem partido) ao Senado. A licença médica dele venceu na terça-feira (19) e a expectativa era de que ele voltasse ainda nesta quarta-feira (20). No Senado, o parlamentar enfrenta uma representação no Conselho de Ética, que pode resultar na cassação de seu mandato.
Desde que deixou a prisão, no fim de fevereiro, o retorno ao parlamento foi adiado por sucessivas licenças médicas para realização de exames, todas de 15 dias, mas que foram renovadas. A assessoria de Delcídio ainda não confirma um novo pedido, somente que ele não volta hoje.
Preso por tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, que, por sua vez, investiga corrupção na Petrobras, o senador é delator na apuração. Em seu depoimento, Delcídio afirma que a presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, tentaram intervir na Lava Jato.
Se voltar ao Senado, Delcídio, além de enfrentar a representação no Conselho de Ética, deve participar da votação do impeachment da presidente, que começou a tramitar ontem. Embora tenha sido líder do governo de Dilma, ele já declarou que votará sim no afastamento. Os outros senadores de Mato Grosso do Sul, Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB, também são favoráveis à destituição.