ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 28º

Política

Lula é denunciado ao STF no mesmo processo que levou Delcídio à prisão

Nyelder Rodrigues | 03/05/2016 20:13

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) no mesmo processo que levou o senador sul-mato-grossense Delcídio do Amaral (sem partido) a ser preso em novembro do ano passado. Eles são acusados de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, e evitar que ele delatasse os esquemas ilícitos feitos na estatal.

A "compra do silêncio" veio à tona após Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor, apresentar gravação à PGR (Procuradoria-Geral da República) com Delcídio negociando a não delação do executivo. Depois da prisão, Delcídio acabou aceitando delação premiada e revelou que Lula, com o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho Maurício, participavam do esquema. Bumlai e filho também foram denunciados pela PGR.

"As investigações ganharam novos contornos e se constatou que Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai e Mauricio Bumlai atuaram na compra do silêncio de Nestor Cerveró para proteger outros interesses, além daqueles inerentes a Delcídio", afirma o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O plano oferecido por Delcídio incluia R$ 50 mil por mês para a Cerveró e uma fuga do país pelo Paraguai.

Quem analisará a denúncia será o relator da Lava Jato no STF, o ministro Teori Zavascki. Ele elaborará um parecer que será apresentado a outros ministros, que vão definir se aceitam ou não a denúncia. Se acatada, Bumlai, o filho e Lula se tornarão réus na Lava-Jato.

Em nota enviada pelo Instituto Lula à Agência Brasil, a entidade afirma que Janot antecipou juízo de valor ao fazer a denúncia e também negou a suposta ligação de Lula com as investigações da Lava Jato. "A peça indica apenas suposições e hipóteses, sem qualquer valor de prova. Trata-se de uma antecipação de juízo, ofensiva e inaceitável", explica a nota.

Nos siga no Google Notícias