Lula toma posse como ministro em meio a protesto no Planalto
São Paulo também registra manifestos nesta manhã
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente da República, acaba de tomar posse como ministro da Casa Civil. A solenidade acontece nesta quinta-feira (17) no Palácio do Planalto, sob protestos de manifestantes do lado de fora.
Lula confirmou ontem que aceitaria o convite para a Casa Civil, no lugar de Jaques Wagner, que assume a secretaria-executiva da mesma pasta.
Do lado de dentro, palavras de ordem em defesa do governo, enquanto do lado de fora protestos e gritos. A cerimônia, que ainda ocorre e é conduzida por Dilma, foi interrompida assim que a presidente começou seu discurso, em virtude do protesto dos manifestantes. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) não participa na solenidade, sob a justificativa da posse do deputado Mauro Lopes na Aviação Civil, que acontece em desobediência ao partido.
O deputado Major Olímpio (SD-SP) interrompeu a cerimônia aos gritos de "vergonha" e foi retirado do local. Ele começou a se manifestar assim que a presidente começou seu discurso.
Lula se torna ministro em meio a protestos, ainda mais depois da divulgação de grampos telefônicos, nos quais ele e Dilma parecem tratar de ações para obstruir a investigação da Lava Jato. No diálogo, os petistas falam sobre o termo de posse do ex-presidente como ministro.
Logo após as divulgações, manifestantes em pelo menos 16 estados foram às ruas. Eles prometem mais protestos para o fim da tarde, pelo menos em Campo Grande. No Planalto, segundo o Estadão, vaias e gritos de "vergonha", enquanto aliados dizem que "não ter golpe". Ainda segundo o Estadão, o número de manifestantes aumenta e houve necessidade de reforço policial.
Também foram empossados os ministro da Aviação Civil, com Mauro Lopes, e da Justiça, com Eugênio Aragão. Ex Casa Civil, Jaques Wagner tomou posse como secretário-executivo.