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Política

Manifestantes do CMO dizem que "nada muda" com diplomação de Lula

Bolsonaristas apostam no Exército para impedir posse do presidente eleito

Lucas Mamédio e Lucia Morel | 13/12/2022 06:28
Manifestantes em frente ao CMO na noite desta segunda-feira (12)
Manifestantes em frente ao CMO na noite desta segunda-feira (12)

Mesmo com a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas mãos do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na tarde de segunda-feira - ato mais importante do ponto de vista do roteiro que se segue do dia das eleições até a posse - os manifestantes que permanecem em frente ao quartel do CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande, pelo 44º dia consecutivo, dizem que nada muda e que continuarão no local.

Eles questionam o processo eleitoral que levou o ex-presidente petista ao cargo novamente. “Nós estamos combatendo um processo eivado de vícios, que nos traz insegurança e que não tem credibilidade. O que defendemos é um governo humanizado e moralizado”, disse o engenheiro civil Elano Holanda de Almeida, aposentado de 68 anos, que está na manifestação há 39 dias.

Elano Holanda de Almeida durante a manifestaçao nesta segunda-feira (12)
Elano Holanda de Almeida durante a manifestaçao nesta segunda-feira (12)

Para outro manifestante, que não quer expor o nome, o Exército irá agir antes da posse. “Era preciso terminar o rito da diplomação para o Exército reagir. O Lula não sobe a rampa”, acredita.

Para outro manifestante, um homem que não quis se identificar, o movimento está “com mais força”. “Não muda nada com a diplomação, na verdade, o movimento está com mais força. A diplomação é um mero rito burocrático. Se até dia 20 nada acontecer, aí a gente vai pra rua, porque tem que dar certo”, enfatiza.

Um músico de 32 anos, que também não quis se identificar, conta que a esperança continua. “A nossa esperança continua. De um ou de outro jeito a gente vai continuar com a esperança de acontecer alguma coisa. Não vamos baixar a cabeça a toa”.

Manifestantes pedem “intervenção federal” e a revisão da votação, porque todo o processo eleitoral estaria comprometido pela suposta insegurança das urnas eletrônicas.

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