Mulheres assumem o protagonismo e se tornam referências em protesto
Elas se dizem contra o comunismo e a favor dos valores da família
Há quase um mês em frente ao quartel do CMO (Comando Militar do Oeste), cidadãos descontentes com o resultado das eleições continuam entoando palavras de ordem e o Hino Nacional, na expectativa de que as Forças Armadas os ouçam. Chama atenção a quantidade de mulheres que permanecem no manifesto, muitas já idosas.
Entre elas a aposentada Virgilia Kaioda, de 68 anos. Para ela, estar nessa campanha é lutar contra o comunismo. “Eu luto por dias melhores, porque nós não podemos virar um país comunista. O Brasil é um país muito abençoado”.
Ela diz que está ainda lutando pelos netos. “Tenho três netos. Eu venho de manhã, à tarde, à noite. Eu chego cedo, meio-dia a gente vai embora e volto às 17h30 e fico até 22h30”, conta, informando que mora no Bairro Ipiranga e que mesmo no sol quente, ela não se importa e vai continuar em frente ao quartel.
Shizuko Shiota tem 72 anos e também é aposentada, moradora da Vila Margarida. Ela diz que continua na luta porque “não podemos entregar o Brasil pra uma quadrilha de bandidos” e defende o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), dizendo que ele “fez tanto pelo país”. “Queremos deixar um país de futuro pros nossos filhos e netos, pra eles terem liberdade pra falar o que querem, fazer o que querem”, relata, contando que vai para frente do CMO todos os dias, sempre após às 17h.
Outra senhora firme no protesto é Edite Dorildes, de 68 anos. Para ela, a luta é pelos valores da família e afirma duvidar do resultado das urnas em 30 de outubro. “É a mulher que sempre está empenhada com a família, a educação e os valores que se perderam durante o tempo. Nós que vamos trazer esse sentimento pela pátria do que estava escondido. O Bolsonaro resgatou esses valores, principalmente o de ter um governo honesto”.
Por fim, Márcia Canettieri, de 65, que é mantenedora de uma instituição de ensino, reforça que “nós estamos aqui reunidas com muitas mulheres porque sabemos que vamos deixar histórias que serão contadas em livros para nossas crianças. Somos mulheres que lutam pela família e pelo povo brasileiro”, acredita.
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