Sob protesto de bolsonaristas, PRF começa a desobstruir BR-163, em Campo Grande
Manifestantes estão indignados enquanto equipe da CCRMS Via auxilia na retirada de pneus e madeira
Por volta das 7h, três viaturas da PRF (Polícia Rodoviária Federal) chegaram no acampamento montando às margens da BR-163, saída para Cuiabá. Um deles avisou aos bolsonaristas: “Vocês têm que sair agora, ou vamos começar a multar”.
O grupo montou equipamento desde ontem (31), insatisfeito com a eleição que resultou na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Os bloqueios com pneus queimados chegou a 32 trechos em Mato Grosso do Sul.
A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul concedeu liminar determinado a liberação das rodovias, com multa diária de R$ 10 mil por pessoa física e de R$ 100 mil por pessoa jurídica que apoie os movimentos.
Confira a galeria de imagens:
Na BR-163, pelo menos 60 manifestantes estão divididos em barracas montadas às margens da rodovia. Neste local, são 6 policiais rodoviários que foram conversar com o grupo, mas há outra equipe em trecho mais acima, onde também há barracas montadas.
Indignados com o aviso da PRF, começaram a colocar fogo nos pneus, sendo só observados pelos policiais. Somente depois que as chamas começaram é que a equipe da CCRMS Via passou com caminhão espalhando água. A concessionária ainda levou guincho, retroescavadeira para o local.
Logo em seguida, a patrola começou a retirar os destroços, sob o olhar revoltado dos bolsonaristas. Por volta das 7h30, mais viaturas chegaram ao local para acompanhar a desobstrução.
“A gente ainda não decidiu para onde vai, mas para algum lugar a gente vai”, disse um comerciante, chateado, que participa da manifestação. A ideia que tomou corpo é de reforçar o protesto em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), na Avenida Duque de Caxias.
Além da decisão da Justiça Federal, há também determinação dada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, que ampliou a ordem de retirada, sendo feita para PRF e policiais militares.
Depois que a retirada começou a ser executada, os manifestantes ficaram mais revoltados. “Ô irmão, não é mais para tirar foto não”, disse um deles à equipe do Campo Grande News.