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Política

Mesmo após encontro, futuro do DEM segue indefinido sobre União Brasil

Ministra convidou senadora Soraya Thronicke (PSL) para jantar, mas nenhuma delas comentou o assunto

Gabriela Couto | 29/10/2021 12:43
Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante agenda nesta semana. (Foto: Instagram)
Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante agenda nesta semana. (Foto: Instagram)

O feriado prolongado promete ser longo para os políticos do DEM em Mato Grosso do Sul. Depois do encontro entre os políticos do partido com os líderes da legenda, no sábado passado, pouco evoluiu.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, definiu que a conversa com a senadora Soraya Thronicke (PSL) seria importante para definir o futuro dos democratas na fusão das siglas para formação do União Brasil, no Estado.

O anúncio de Tereza de que o DEM estaria unido para uma possível debandada, não agradou o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar. Ele trabalha para deixar a presidência do União Brasil regional com Soraya e quer que o nome da candidata a governo na eleição do ano que vem seja da deputada federal Rose Modesto (PSDB). Nos bastidores da política, a informação é que Bivar deseja mais é que o grupo saia.

Mas Tereza sabe da importância que o futuro maior partido do País terá em 2022. Somente de fundo partidário, será R$ 1 bilhão para uso da legenda, além do grande tempo de televisão para a propaganda no horário eleitoral gratuito. No entanto, já recebeu convite do PP e do PL para fazer a mudança de sigla.

A ministra foi quem convidou a senadora para o jantar, mas nenhuma das duas comentaram o encontro publicamente. A reunião seria para estreitar a relação entre as duas líderes partidárias. Por meio da assessoria de imprensa de Tereza, apenas a confirmação sobre o jantar ocorreu e não houve definição ainda.

Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), prefeito de Paranaíba, Maycol Queiroz (PDT) e senadora Soraya Thronicke (PSL). (Foto: Instagram)
Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), prefeito de Paranaíba, Maycol Queiroz (PDT) e senadora Soraya Thronicke (PSL). (Foto: Instagram)

Já Soraya fez questão de postar publicamente nas suas redes sociais os encontros com democratas que teve durante a semana. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), esteve com ela nesta semana. Ele não atendeu ou respondeu as mensagens da reportagem.

Durante a semana, ele esteve em Dourados, onde se encontrou com o vice-governador Murilo Zauith (DEM) e outras lideranças. Mandetta não participou da reunião com a ministra na semana passada e sequer deu uma justificativa.

Ele tem trabalhado ativamente na pré-campanha como presidenciável e se lançar como terceira via. Diariamente faz lives com entrevistas nacionais nas redes sociais e articula nos bastidores para ficar no União Brasil. Pessoas próximas a ele, disseram que é preciso que a conversa entre as duas líderes seja amigável, com ênfase na humildade.

Integrante do PSL, Riahd Abdulahad em reunião com prefeito de Deodápolis, Valdir Sartor (DEM) e a senadora Soraya Thronicke (PSL). (Foto: Divulgação)
Integrante do PSL, Riahd Abdulahad em reunião com prefeito de Deodápolis, Valdir Sartor (DEM) e a senadora Soraya Thronicke (PSL). (Foto: Divulgação)

Soraya também divulgou que recebeu lideranças municipais do DEM, que buscaram ela para alinhar o cenário político no Estado. O prefeito de Deodápolis, Valdir Sartor, e os vereadores de Rio Brilhante Adão Evandro e José Maria Caetano conversaram com ela.

"Há aproximadamente um mês, iniciei essa construção estadual conversando com as lideranças locais do DEM de Mato Grosso do Sul e ainda teremos muitas reuniões a realizar para fechar o alinhamento estratégico do União Brasil em Mato Grosso do Sul. Essa fusão é muito importante e precisamos dialogar para garantir que o time que ficar estará focado em construir um partido forte", afirmou a senadora.

A informação é que Tereza já chegou em Campo Grande hoje (29) e vai voltar a se reunir com a cúpula do DEM para saber os próximos passos que vão tomar em conjunto. O que é certo é que nem todos os integrantes vão seguir a orientação da ministra.

Outra informação importante divulgada na mídia nacional nos últimos dias, é que registro do União Brasil na Justiça Eleitoral não foi feito ainda, por falta de registro do cartório. Somente então será dada entrada na papelada do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A expectativa é que o documento seja concluído nos próximos 15 dias, mas o recesso do Judiciário pode adiar o procedimento até março. Depois que homologado no TSE, os integrantes do DEM e do PSL terão o prazo legal de 30 dias para migrar para outro partido, sem serem punidos.

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