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Política

Ministro nega pedido de prisão e permite volta de Aécio ao Senado

Leonardo Rocha | 30/06/2017 11:10
Aécio Neves poderá retornar as suas atividades no Senado (Foto: George Gianni/PSDB)
Aécio Neves poderá retornar as suas atividades no Senado (Foto: George Gianni/PSDB)

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio Mello, negou o novo pedido de prisão ao senador Aécio Neves (PSDB), feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e ainda decidiu restabelecer o mandato parlamentar do tucano, que estava afastado, após as denúncias na delação da JBS.

De acordo com o jornal o Estado de São Paulo, Aécio estava suspenso de suas atividades no Senado desde o dia 18 de maio, em decisão do próprio Supremo Tribunal Federal, não podendo participar de nenhuma atividade do Parlamento, nem em discussões, reuniões, votações e comissões da Casa de Leis.

Aécio foi afastado após ser gravado pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, quando pedia a quantia de R$ 2 milhões, para pagamento de advogado, em processo da Operação Lava Jato. Para os investigadores, este recurso seria um pedido de propina, por defender os interesses da empresa no Congresso Nacional.

A defesa do senador tucano alega que o pedido de dinheiro se tratava de um "empréstimo pessoal", que não teria nenhuma relação com seu mandato, ou irregularidade cometida. A denúncia da JBS, que consta em sua delação premiada, inclusive foi o motivo do seu afastamento pelo STF.

Aécio foi acusado pela PGR pelos crimes de corrupção e obstrução de Justiça, já que nestas gravações feitas pelo dono da JBS, aparece o senador conversando sobre eventuais mudanças na investigação da Operação Lava Jato, em relação a Polícia Federal e até sobre o então ministro da Justiça (Osmar Serráglio), que não teria "pulso firme".

Senado - Dentro do Parlamento, Aécio Neves teve a primeira vitória ao ver seu pedido de cassação, sendo indeferido pelo presidente da Comissão de Ética, o senador João Alberto Souza (PMDB-MA), que informou que não havia elementos contra o tucano.

O vice-presidente do Conselho, o senador Pedro Chaves (PSC), já adiantou que vai tentar reverter esta decisão, tendo que conseguir cinco assinaturas dos demais membros do Conselho, para que esta investigação seja reaberta. Ele alegou que se trata de denúncias graves, que merecem ser apuradas.

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