Mochi reunirá deputados para redefinir o que CPI deverá investigar
O deputado estadual Junior Mochi (PMDB), presidente da Assembleia Legislativa, marcará na próxima semana reunião com os parlamentares que assinaram o pedido de abertura da CPI dos Fantasmas, feito por Marquinhos Trad (PSD). O objetivo será delimitar o objeto, ou seja, o tema principal, e redefinir o período a ser abrangido pela apuração.
Para o prefeito eleito, devem ser investigados todos os deputados e funcionários que passaram pelo Legislativo nos últimos 30 anos. Para os colegas, o período é considerado longo demais.
Mochi havia devolvido o documento a Marquinhos para que ele mesmo tomasse uma decisão quanto ao período e foco do inquérito, mas o parlamentar não fez qualquer alteração e manteve requerimento para uma varredura mais longa.
Segundo o presidente da casa, os deputados que assinaram o requerimento têm autonomia para modificar o pedido.
Alguns dos parlamentares que endossaram a abertura da CPI já haviam se posicionado a favor de reduzir o tempo de apuração e delimitar quem, de fato, será investigado.
Para ser aberta uma CPI, precisa apenas de tempo e objeto de investigação determinados, além de assinaturas dos parlamentares. Neste caso, o pedido de apuração foi submetido à análise da CCJ, que votou favorável, mas com a ressalva de que o foco está muito amplo.
Mesmo se o objeto e tempo não forem alterados, o presidente afirmou que abrirá o colegiado e deixará que os membros decidam como farão para investigar 30 anos e todos os parlamentares. O receio do Legislativo é que o resultado, dessa forma, fique genérico demais.
Mudanças – O presidente da Assembleia revelou ao Campo Grande News que as diretorias estão fazendo um estudo sobre os servidores para saber, dentre os comissionados, quais podem ser exonerados e substituídos pelos aprovados no concurso público da Casa.
Ele espera nomear os novos servidores em 2017. No começo de 2016 algumas vagas já haviam sido liberadas pelo programa de aposentaria incentivada feita no órgão.