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Política

Moro nega pedido de liberdade ao pecuarista José Carlos Bumlai

Michel Faustino | 18/12/2015 18:05
Bumlai conduzido por agentes federais após ser preso, em novembro. (Foto: Geraldo Bubniak / O Globo)
Bumlai conduzido por agentes federais após ser preso, em novembro. (Foto: Geraldo Bubniak / O Globo)

O juiz federal Sérgio Moro, 13ª Vara Federal de Curitiba, negou nesta sexta-feira (18) o pedido de liberdade feito pela defesa do empresário e pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, denunciado na terça-feira com mais dez investigados na Operação Passe Livre, a 21ª fase da Lava Jato, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Bumlai está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o último dia 24.

De acordo com a acusação, Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin. Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Construtora Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

Os advogados de Bumlai alegam que não há motivos para que o empresário continue preso, já que confessou em depoimento à Polícia Federal que o empréstimo tinha por real destinatário o PT e que a quitação foi fraudulenta.

Apesar de reconhecer que a confissão do empresário poderá beneficiá-lo durante o processo, Moro discordou das alegações da defesa e afirmou que Bumlai ainda apresenta riscos à investigação penal. "Não há como controlar as atividades do acusado fora do cárcere considerando que as condutas supostamente delitivas foram praticadas sub-repticiamente e acobertadas por fraudes ainda não inteiramente descobertas".

A Schahin diz que o modelo de contratação dos navios-sonda foi o mesmo praticado pela Petrobras com todas as concorrentes que prestaram o mesmo serviço. Desde o surgimento das primeiras denúncias, o PT sustenta que todas as doações obtidas pelo partido foram feitas de forma legal e declaradas às autoridades.

* com informações da Agência Brasil

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