MS se prepara para continuar crescendo em meio ao “novo normal”
Chamado de "Plano Riedel", Retomada MS pretende dar fôlego ao Estado nos setores que mais sofreram na pandemia
Mato Grosso do Sul se prepara para continuar crescendo, apesar das crises e percalços causados pela pandemia do novo coronavírus, que já dura um ano e quatro meses. Tal avanço, no entanto, vai incluir um ritmo diferente, o do “novo normal”, que vai ditar as regras, provavelmente, por um bom tempo.
É o que acredita o secretário de infraestrutura do Estado, Eduardo Riedel, que avalia que enfrenta-se agora uma nova fase da pandemia, mas que MS está preparado para ela. “Todos nós vamos pegar covid novamente, assim como a gripe, mas agora vacinados e certamente com baixo nível de hospitalizações”.
Riedel é o articulador e responsável pelo projeto que pretende dar fôlego ao Estado nos setores que mais sofreram com as idas e vindas da pandemia, com aberturas e fechamentos, endurecimentos e flexibilizações. Por isso, além da saúde, sustenta que a covid-19 afeta também o social e a economia.
Assim, o “Retomada MS”, projeto lançado pelo Governo do Estado em 28 de junho, pretende dar suporte para bares e restaurantes, profissionais do turismo e da cultura, além da população mais vulnerável. Estima-se que o programa injete R$ 763 milhões na economia nos próximos meses.
Segundo Riedel, os auxílios que vão desde benefícios em dinheiro a isenções fiscais, têm data para acabar. Quem atua na cultura, por exemplo, além do edital do FIC (Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul), válido até 2022 e assinado hoje, é possível ainda se cadastrar e receber R$ 600 por três meses.
Para quem atua no setor turístico ou de bares e restaurantes, o auxílio será de R$ 1 mil por seis meses e ainda, isenção total de ICMS para os 6 mil bares e restaurantes de Mato Grosso do Sul optantes pelo Simples Nacional (95% do mercado), até dezembro de 2022. “Ouvimos todos os setores e para cada um oferecemos melhor alternativa”, analisou o secretário.
O secretário lembra que Mato Grosso do Sul é dos estados brasileiros que conseguiram equilibrar as questões de saúde e econômicas, tendo bom desempenho na maioria dos indicadores, até agora. "Tivemos maturidade para atacar as consequências da pandemia", sustentou.
Mais ajuda – alguns programas incluídos no “Retomada MS” são o Mais Social, lançado na semana passada e que repassa a famílias mais vulneráveis, auxílio de R$ 200 ao mês, além do Vale Renda. Conforme Riedel, esse programa não tem data para ser finalizado, mas conta com a capacidade de cada uma das famílias auxiliadas de poderem deixar de depender do benefício, com o tempo.
Há ainda o +Crédito MS, que está com o pré-cadastro disponível no aplicativo MS Contrata +. O programa é destinado a pessoas físicas e jurídicas que tenham renda ou receita bruta anual, para o calendário de 2021, limitada ao valor de R$ 360 mil. O teto do financiamento é de R$ 30 mil. O parcelamento poderá ser feito em até 24 vezes, sendo 6 meses de carência e 18 parcelas.
Também foi lançado o “Meu Estado, Meu Destino”, campanha que visa atrair e motivar os sul-mato-grossenses a conhecerem as belezas naturais do próprio Estado, se deslocando a destinos com distâncias curtas em grupos ou em família e com toda segurança sanitária.
Como ser beneficiado – Turismo: inscrições para o Programa Estadual “Incentiva+MS Turismo” começou ontem e visa proporcionar subsídio de R$ 1 mil a quem se enquadrar nos critérios. Guias de turismo, microempreendedores individuais e microempresas terão até 8 de agosto para se inscrever no site da Fundação de Turismo.
Microcrédito: para o +Crédito MS, é preciso baixar o aplicativo para fazer o pré-cadastro. O nome do app é “MS Contrata+ para Trabalhadores” e na sequência, o interessado deve fazer o cadastro no ícone +Crédito-MS. Caso haja dificuldade no acesso, a Funtrab conta com suporte à plataforma tanto para trabalhadores quanto para os empregadores: (67) 3320-1372 (WhatsApp). Clique aqui para acessar via Android e aqui, via IOs.
Cultura: o Programa MS Cultura Cidadã será pago em três parcelas de R$ 600 por mês, a partir da inclusão do beneficiário. Os trabalhadores da cultura interessados em participar devem fazer inscrição no “Mapa Cultural de Mato Grosso do Sul”, onde devem ser anexados documentos como CPF, identidade e cartão bancário, comprovante de residência no Estado, portfólio da atividade artística cultural que comprove a participação na cadeia produtiva do setor.