Na Câmara, busca de verbas e pautas de campanha são prioridades
Revogação do Estatuto do Desarmamento, apoio a empresários e atendimento a questões de Saúde e Família integram a agenda dos deputados federais do Estado
Integrantes da bancada federal de Mato Grosso do Sul que, a partir de 1º de fevereiro de 2019, ocuparão assento na Câmara dos Deputados, colocam entre suas prioridades a obtenção de recursos do Orçamento da União para o Estado e a transformação em realidade de compromissos firmados durante a campanha eleitoral. Na noite desta sexta-feira (14), os oito deputados federais eleitos estão sendo diplomados, durante solenidade no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.
Eleita com mais de 120 mil votos, a atual vice-governadora Rose Modesto (PSDB) coloca o atendimento às necessidades apontadas pelo eleitorado como sua prioridade em Brasília. Segundo ela, foi este compromisso que lhe deu a maior votação para a Câmara na última eleição.
“O fato de ter sido a mais votada é porque colhi os frutos do trabalho que fiz na base, junto aos trabalhadores. Houve muito apoio popular e demandas dos mais humildes, que recebi desde que fui vereadora. E esse apoio veio também na eleição para deputada federal”, disse Rose. “Ouvi muitas demandas e pendências futuras. Espero fazer um bom trabalho principalmente para ajudar Mato Grosso do Sul”, prosseguiu.
Loester Carlos, o Tio Trutis (PSL), foi eleito para seu primeiro mandato e, em Brasília, afirma que colocará em prática propostas defendidas durante a campanha, incluindo a revogação do Estatuto do Desarmamento “e o fim do monopólio da Taurus em termos da venda de armas no Brasil. Vou trabalhar para que, pelo menos, três ou quatro marcas possam ter espaço no nosso mercado”.
Empresário do setor de alimentação, ele também afirma que atuará em prol dos empreendedores a partir de políticas de incentivos fiscais “sem favores políticos”. Trutis ainda afirma que, pelo fato de ter proximidade com o presidente eleito, Jair Bolsonaro e integrar a bancada de 52 deputados federais do PSL –a segunda maior da Câmara Federal–, “há espaço maior para um contato com o presidente e, por isso, vou tentar reverter em ações e projetos para Mato Grosso do Sul quanto a recursos da União”.
Por fim, Trutis afirma que a maior diferença na atuação em Brasília a partir de 2019, com o novo governo, “é que vai acabar os toma-lá-dá-cá”.
Também da bancada de Bolsonaro e estreante em Brasília –embora já tenha experiência de disputar eleições anteriores–, o médico Luiz Ovando (PSL) afirma que as urnas revelaram uma vontade de mudança por parte da sociedade. “A população está ansiando por progressos e acredito que o presidente eleito traz isso”, declarou Ovando, que também é o deputado mais velho eleito no Estado.
“Sou veterano em disputas, tenho mais experiência, e acredito que isso será positivo”, declarou. Sua pauta, frisou, será a Saúde, bem como a “família e a valorização do papel do médico, bem como a ênfase à atenção básica de saúde”.
Reeleito, o deputado federal Dagoberto Nogueira Filho já antecipou que seu partido, o PDT –do ex-presidenciável Ciro Gomes– “já combinou que não fará posição por oposição”. “Se for bom para o país, votaremos a favor”, destacou, dizendo ainda “torcer” para que a gestão de Bolsonaro dê certo.
Da mesma forma, Dagoberto destacou que pretende ajudar o governador reeleito Reinaldo Azambuja (PSDB), que derrotou o pedetista Odilon de Oliveira no segundo turno das eleições. “Vamos trabalhar para trazer emendas ao Estado em acordo com o governo estadual”, garantiu.
Também foram eleitos em outubro Beto Pereira (PSDB), para um primeiro mandato, e Fábio Trad (PSD), Vander Loubet (PT) e Tereza Cristina (DEM), que já integravam a Câmara.