Na Capital, ministra deixa mensagem sobre candidatura de mulheres
Cida Gonçalves pediu que mais mulheres se candidatem a cargos políticos nas próximas eleições
Em reunião aberta com pré-candidatas de Mato Grosso do Sul, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, falou sobre o cenário nacional da política e deixou mensagem de incentivo à candidatura de mulheres e à política pensada para as mulheres.
O evento foi realizado na manhã deste sábado (13) e reuniu cerca de 300 pessoas numa casa cultural do Centro da Capital.
"A mensagem que eu estou trazendo é que nós precisamos, nestas eleições, refletir sobre candidatos e candidatas que tenham compromisso com as mulheres. Que pensem em política pública para as mulheres, que invistam no empoderamento, na questão da qualificação profissional e numa cidade segura para as mulheres, [para que] não tenham medo de serem estupradas nas ruas. Que elas tenham segurança, que elas tenham saúde", começou a ministra.
Ampliar as candidaturas de mulheres é desafio em todo lugar, ela continuou.
"Nós precisamos eleger, mas primeiro, aumentar o número de [candidatas] mulheres. Isso faz parte do desafio que está colocado para todos os partidos em âmbito nacional", disse.
Ao lado da pré-candidata do PT à Prefeitura de Campo Grande, Camila Jara, Cida discursou: "Aqui, nós temos candidatas à prefeita, temos uma que tem compromisso, então nós estamos trabalhando para aumentar o número de mulheres no Executivo".
"Excluídas" - Camila Jara afirmou que as mulheres foram "excluídas da política sul-mato-grossense" durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Chegou ao absurdo de nós não termos nenhuma mulher eleita na Assembleia Legislativa. Quando eu assumi o cargo de vereadora da Capital, fui a única mulher eleita. Toda a demanda do Estado vinha para mim porque a gente não tinha ninguém na Assembleia Legislativa".
Camila diz prever que o Partido dos Trabalhadores vai repetir o que fez nas últimas eleições. "Quando eu fui eleita vereadora, metade da chapa era de mulheres, agora a gente vai conseguir esse feito também". As mulheres devem representar, obrigatoriamente e no mínimo, 30% das candidaturas de cada sigla.
O presidente do PT em Mato Grosso do Sul, Vladimir Ferreira, reconhece que o partido tem dificuldade de captar mulheres para as chapas. Ele acredita que é porque falta acolhimento para elas na política.
"Não é um espaço que abraça as mulheres. Eu acho que o PT é o partido que ainda mais faz isso: abraça, acolhe, dá espaço. Mas, no geral, não se dá as oportunidades devidas", ele falou.
Para Agamenon, a falta de acolhimento "é um problema cultural". O que o PT tem feito para combatê-lo, segundo o represente, é estabelecer a paridade de gênero como meta nas candidaturas, principalmente.
Ainda sobre o não acolhimento, Camila rebate. "Não é cultural a gente não ter mulheres nos espaços de poder. Isso foi uma construção social que nos fez acreditar que isso não era possível. Nós somos perfeitamente aptas a ocupar esses espaços", finalizou.
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