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Política

"Não tenho dinheiro nem para o meu tratamento", diz Artuzi sobre ressarcir União

Marta Ferreira | 12/01/2012 17:23
O ex-prefeito Ari Artuzi: reação indignada à cobrança por desespesas com eleição. (Foto: João Garrigó)
O ex-prefeito Ari Artuzi: reação indignada à cobrança por desespesas com eleição. (Foto: João Garrigó)

O ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi(PMN), reagiu com indignação, por telefone, à informação de que poderá ser obrigado a devolver mais de R$ 330 mil gastos pela Justiça Eleitoral em Dourados para fazer a eleição extemporânea de fevereiro do ano passado, provocada por sua renúncia, em meio a um escândalo de corrupção. “Eu fui coagido a renunciar, não gastei nada em campanha e ainda querem que eu pague?”.

Sobre a situação financeira e a possibilidade de pagar o que a União pretende cobrar, Artuzi foi categórico. “Eu não tenho dinheiro nem para o meu tratamento”, afirmou.

Ele foi diagnosticado no ano passado com câncer no estômago e informou que está fazendo quimioterapia. “Eu tenho fé em Deus e vou ser curado”.

“Deixa pra lá, deixa pra lá”, primeiro afirmou o ex-prefeito ao atender a ligação do Campo Grande News sobre a decisão da União de, em Parceria com a Justiça Eleitoral, cobrar ressarcimento por eleições extemporâneas.

Depois, disse que foi coagido a renunciar, que recebeu a visita do advogado na prisão, após 93 dias encarcerado, e foi proposta a renúncia, em dezembro de 2010. “No mesmo dia eu saí, isso não é coagir?”.

Artuzi também questionou as provas contra ele. “Aquele dinheiro que eu recebi na minha casa foi da venda de um terreno meu”, disse sobre a soma que aparece contando em um vídeo.

“A minha casa foi invadida para essa gravação, isso pode?” afirmou sobre o ex-assessor Eleandro Passaia, autor das denúncias.

Artuzi está sendo alvo de processo judicial, sob acusação de uma série de irregularidades em sua administração.

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