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Política

Núcleo de combate aos crimes de fronteira será inaugurado na próxima semana

Ricardo Campos Jr. e Leonardo Rocha | 02/12/2016 14:02
Fórum reuniu deputados, secretários estaduais e o secretário nacional de Segurança Pública (Foto: João Garrigó / Sejusp)
Fórum reuniu deputados, secretários estaduais e o secretário nacional de Segurança Pública (Foto: João Garrigó / Sejusp)

O núcleo de inteligência para combate aos crimes nas regiões de fronteira começará a funcionar em Campo Grande na próxima semana, entre os dias 8 e 9 de dezembro. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (2) pelo secretário nacional de Segurança Pública, Celso Perioli, na Assembleia Legislativa.

Ele participou de uma audiência pública sobre o assunto organizada pelos deputados estaduais Junior Mochi (PMDB) e Coronel David (PSC), que também contou com a participação do secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa e do deputado federal Carlos Marum (PMDB).

A central funcionará na mansão luxuosa onde vivia o traficante Odir Fernando dos Santos Corrêa, preso durante a operação Nevada, localizada no Chácara Cachoeira. A equipe será composta por dez policiais militares, dez policiais civis, dez policiais federais e seis policiais rodoviários federais, totalizando 36 pessoas.

Bases semelhantes devem ser instaladas no Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro, todas bancados pela União. “Esse grupo [da Capital] terá um trabalho integrado com os outros estados que terão essas unidades”, explicou Perioli.

O objetivo, conforme anunciado anteriormente pelo secretário José Carlos Barbosa, é monitorar quadrilhas que agem nas cidades vizinhas ao Paraguai e Bolívia, montando ações para desarticulá-las e evitar a entrada de entorpecentes no país.

Para ajudar, acrescentou Perioli, o Governo Federal irá reforçar a Força Nacional. “Isso está incluído no Plano Nacional de Segurança que está sendo produzido. Um dos temas é fronteira, uma preocupação particular do ministro da Justiça, Alexandre de Morais”, disse o secretário.

Cobrança – Os parlamentares voltaram a cobrar do Governo Federal, aproveitando a presença de Perioli no evento, a criação de um fundo nacional de segurança pública que ajude os estados a custear a manutenção de presos nos sistemas penitenciários locais.

Segundo Barbosa, Mato Grosso do Sul tem 6.282 ´presos por tráfico internacional de drogas, que em tese deveriam ser custodiados pela União. Cada um deles custa R$ 1,7 mil por mês aos cofres públicos.

O Governo Federal gasta R$ 3,9 mil por detento em cada unidade que a ele pertence e, na avaliação do secretário estadual, tem condições de auxiliar os estados. Uma carta foi elaborada durante a audiência pública para ser entregue ao presidente Michel Temer (PMDB) cobrando a criação desse caixa.

Aproveitando a presença de Marum, foi solicitada mudança nas leis penais de forma que os recursos de bens do tráfico bloqueados pela Justiça, sejam divididos com a corporação responsável pela apreensão, seja Polícia Civil ou Militar.

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