O mais importante é o povo, avalia Delcídio sobre derrota de Dilma
Senador avalia que Dilma deve seguir em frente e não agir por conta da pressão
O senador Delcídio Amaral (PT) declarou na manhã deste sábado (10) ao Campo Grande News que o PT ainda está assimilando a derrota sofrida na quarta-feira (7), quando o Senado Federal rejeitou a recondução de Bernardo Figueiredo para a diretoria-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), sob indicação da presidente Dilma Rousseff (PT).
“Você já viu boxeador quando você da um soco nele. O cara da um cruzado nele e o cara sente. O jogo é o seguinte: quando acontece isso no boxe e se recupera, fala assim: assimilou bem. Tem que assimilar. Não pode abrir não. A Dilma está no caminho certo. É um momento crucial para o Governo e a Dilma e tem que se tranquilizar. São os de sempre que estão fazendo este movimento”.
O senador avalia que apesar dos problemas, a presidente deve seguir em frente e não agir por conta da pressão. “Para um governante, a coisa mais importante é o povo. Estar com eleitor, ter tranquilidade. Não agir diante da pressão. Não tendo passado o nome de Bernardo, acho que tem bons nomes para colocar. Existem outras pessoas e o Bernardo vai ser aproveitado no Governo pela experiência que tem e o trabalho”.
Delcídio acredita que podem ocorrer novos problemas com votação no Senado, mas lembra que em meio ao “tiroteio”, Dilma continua trabalhando e indicou Magda Chambriard para o cargo de diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
“Pode haver problemas sim. Mas, a Dilma está no caminho certo e a chiadeira é de quem está vendo que nestas eleições municipais começa a se construir uma nova base. Estão surgindo novos atores e quem sempre pegou carona em situações difíceis e se utilizou deste tipo de comportamento, ao longo dos anos, percebendo que estão começando a ser afastados, começam a se movimentar dentro do Senado para tirar proveito. Acho que a Dilma não tem que se apequenar não. Tem que ficar atenta. O Congresso é importante. Ela tem que dialogar com o Congresso”.