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Política

Para Bernal, Paulo Matos quer "estabelecer a discórdia no partido"

Jeozadaque Garcia | 05/02/2012 21:14
“Ele não visa o fortalecimento do PP”, diz Bernal. (Foto: Giuliano Lopes/ALMS)
“Ele não visa o fortalecimento do PP”, diz Bernal. (Foto: Giuliano Lopes/ALMS)

Pré-candidato do PP (Partido Progressista) à prefeitura de Campo Grande, o deputado estadual e presidente regional do partido, Alcides Bernal, não digeriu a intenção de seu colega de partido, Paulo Matos, de também lançar candidatura.

Diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), Matos anunciou na última sexta-feira (03) que é pré-candidato.

“Faz tempo que ele vem falando isso, não é mais novidade. Me surpreende é que ele insiste em se apresentar [como pré-candidato]. Ele não visa o fortalecimento do PP. Sua intenção é estabelecer a discórdia no partido”, afirma Bernal, que acusou Matos de “desfiliar” do partido o ex-deputado federal Antônio Cruz, Luis Pedro e Raimundo Nonato. “Ele nunca filiou ninguém”, ataca.

Bernal garante que será o candidato do partido para o pleito de outubro. Além disso, diz que já articula com outros partidos a composição de uma chapa forte.

As conversas, segundo ele, estão em andamento com PSD, PDT, PSB e, caso haja segundo turno, com o PT, que já lançou o deputado federal Vander Loubet para a disputa.

Ser cabeça de chapa é a prioridade, porém, “quando se trata de política, não se pode garantir isso”, segundo o deputado.

“Eu sou candidato a prefeito. Vou construir isso até o dia 30 de junho, data da convenção do partido, que hoje tem mais um quadro de 50 candidatos a vereador”, garante. “Já estou inclusive nos bairros conversando com a população. Nossa campanha será humilde”, finaliza.

Matos diz não entender o motivo de sua candidatura ser rechaçada por Bernal. (Foto: Marcelo Victor/Arquivo)
Matos diz não entender o motivo de sua candidatura ser rechaçada por Bernal. (Foto: Marcelo Victor/Arquivo)

Por outro lado, Matos vê com bons olhos a pluralidade dentro do partido. Ele ressalta sua história dentro do PP e diz que sua experiência dá credibilidade para colocar o nome à disposição para o pleito.

“Nunca fui filiado a outro partido. Isso [disputa] não enfraquece o PP, muito pelo contrário. Eu tenho, democraticamente, o direito de apresentar meu nome ao partido e a sociedade, sem constrangimento. Não entendi ainda porque minha candidatura foi rechaçada tão violentamente pelo Bernal”, diz.

Ainda segundo ele, os dois candidatos apresentarão suas propostas até o mês de junho, quando acontecem as convenções para definir o nome do candidato.

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