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Política

Para evitar expulsão, presidente da Funesp se desfilia do PSDB

Josemil Arruda | 15/01/2014 17:06

A presidente da Fundação Municipal de Esporte (Funesp), Leila Machado, pediu desligamento do PSDB de Campo Grande, antecipando-se a uma provável expulsão do partido em julgamento que deveria ocorrer no dia 10 de fevereiro. “Ela solicitou a desfiliação na manhã de ontem”, informou o presidente municipal do PSDB da Capital, Carlos Alberto Assis, que também foi presidente da Funesp na gestão de Nelsinho Trad (PMDB).

Indagado se Leila estava na realidade se antecipando a uma provável expulsão, Carlos Alberto Assis respondeu: “Eu acredito que sim, porque desde que instalamos o processo ético, de lá para cá, não mudou nada para que a gente agisse diferente”.

Essa é a essência da decisão de Leila: não houve mudança na situação do PSDB em relação ao prefeito Alcides Bernal (PP) e a expulsão seria inevitável, da mesma forma que aconteceu com o secretário municipal de Educação, José Chadid.

Leila Machado tentou ganhar tempo afastando-se do PSDB pelo período de 120 dias, por meio de um atestado médico apresentado ao Diretório Municipal tucano, que se reuniria na noite daquele dia para o julgamento que poderia resultar em sua expulsão.

Tanto Leila Machado quanto José Chadid assumiram cargos no primeiro escalão da gestão de Bernal, sem que tenham sido indicação do PSDB. Leila foi indicada pelo vereador João Rocha, enquanto Chadid, escolha pessoal do progressista.

Questionado se a saída de Leila não poderá afastar ainda mais o vereador João Rocha do PSDB, o presidente Carlos Assis declarou: “Acredito que não. Vejo que foi decisão pessoal dela, para vida profissional dela”.

Com a decisão de Leila, o PSDB encerra o processo ético que poderia culminar na expulsão. “Não tem mais processo porque ela não é mais filiada ao partido”, explicou.

Para Assis, a desfiliação de Leila “prova que o PSDB vinha agindo de forma correta” quanto as nomeações de tucanos feitas por Bernal sem consultar as instâncias partidárias. “Ela se afastou do partido, não frequentava mais. Isso prova que não era perseguição o que estávamos fazendo, mas fortalecimento partidário”, avaliou.

Sobre o relacionamento do PSDB com o prefeito Alcides Bernal, apesar das tentativas de reaproximação feitas pelo secretário de Governo, Pedro Chaves, o presidente Carlos Assis disse que continua distanciado. “Está da mesma maneira que terminou o ano, longe”, informou.

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