Para receber R$ 40,5 mil, empresa inicia hoje análise de 200 mil páginas de CPI
A empresa Primazia Consultoria & Projetos Contábeis e Financeiros LTDA começa, nesta quarta-feira (17), a analisar 200 mil páginas de documentos recebidas pela CPI das Contas Públicas, instalada na Câmara Municipal para investigar a crise financeira da Prefeitura de Campo Grande. A empresa fechou contrato de três meses e vai receber R$ 40,5 mil.
Presidente da CPI, o vereador Eduardo Romero (PTdoB) justificou a contratação à complexidade dos documentos recebidos pela comissão. “Estamos falando de contratos de janeiro de 2011 a abril de 2015, que passam por todas as secretarias e por três gestões. São convênios, nomeações, folha de pagamento e contratações de terceirizados”, exemplificou.
O presidente da Câmara, vereador Mário Cesar (PMDB) também defendeu a necessidade de assessoria especializada. “Como a demanda de documentos desta CPI é muito grande e diante a seriedade dela por se tratar de crise, pasta por pasta deverá ser bem analisada para que possamos achar os questionamentos. Não queremos um culpado e sim achar a solução que gerou tal situação de crise”, disse.
Segundo Romero, os assessores da Câmara também colaboram com os trabalhos. “Mas não é qualquer contador que entende de contabilidade pública, não é qualquer advogado que entende de direito tributário e financeiro”, ponderou. Ele ainda destacou a experiência da empresa. “Eles tem histórico de atuação em CPI, em Mato Grosso do Sul e até em estados vizinhos”, completou.
Mais cara - Entre as últimas CPIs, instaladas na Câmara, a atual deve terminar com maior despesa. As últimas três gastaram em média R$ 25 mil. “Como serão três meses de atuação, em média, a empresa vai receber R$ 13,5 mil, mesmo salário de um comissionado do alto escalão da prefeitura”, comparou Romero.