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Política

Parceria entre Governo e União prevê delegacia 24 horas para a mulher

Graziela Rezende e Leonardo Rocha | 09/12/2013 13:14
Eleonora veio participar da assinatura de convênio com Governo estadual (Foto: Marcos Ermínio)
Eleonora veio participar da assinatura de convênio com Governo estadual (Foto: Marcos Ermínio)

Uma parceira dos governos Estadual e Federal promete trazer, até junho de 2014, a construção da “Casa da Mulher Brasileira” em Campo Grande, que prevê o funcionamento de uma delegacia especializada em atendimento a mulher, com funcionamento de 24h. A ação faz parte do projeto Mulher: Viver sem Violência, o qual ainda terá 2 unidades móveis para percorrer quilombolas, assentamentos, comunidades indígenas e locais afastados.

Em ônibus equipados, as vítimas poderão tomar conhecimento com a relação às investigações, podendo saber como estão os casos na Justiça e dessa maneira, fazendo cumprir a Lei Maria da Penha. Elas ainda podem participar de ações de prevenção para a mulher, por meio de palestras.

Ao mesmo tempo, o projeto prevê a construção da Casa da Mulher, que será localizada na rua Teresina com a rua Brasília, no Jardim Imá. O local, de 12 mil m² e investimento de R$ 3,4 milhões, terá a delegacia 24h, um centro de convivência, alojamento temporário de até quatro dias, além de serviços para atendimento psicossocial, cursos de qualificação profissional e encaminhamento ao mercado de trabalho.

Secretaria de políticas para as Mulheres do Governo Federal, a ministra Eleonora Menicucci diz que o convênio ainda beneficia as prefeituras de Ponta Porã e Corumbá. Já a subsecretária da mulher, Tai Loschi, ressalta que os ônibus serão muito importantes para as mulheres indígenas e negras em Mato Grosso do Sul, já que elas “estão desassistidas”.

“No Estado, 27 municípios já tem organismos específicos para as mulheres, que alcançam as 75 aldeias indígenas e 21 unidades quilombolas. Na fronteira, porém, é preciso ter muita prioridade com relação ao tráfico de mulheres”, avalia Loschi.

Já o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte (PT), falou que várias presidentes mulheres, tanto na Amércia do Sul quanto na Europa, estão provando a participação importante deste público. “Elas já fazem parte de 65% do 1° escalão. Aqui, o centro de atendimento será muito importante para melhores condições de trabalho das delegadas”, comenta.

Na Capital, o foco será a violência contra a mulher, sendo que no interior será o tráfico de mulheres, conforme a ministra. “É algo inédito e que precisa do apoio dos estados municípios e do Poder Judiciário, contabilizando 26 casas em todo o país”, fala a ministra.

O investimento é de R$ 305 milhões, sendo R$ 116 milhões para as casas, R$ 25 milhões para a central 180 de denúncia, R$ 100 milhões gasto em campanhas e R$ 34 milhões para unidades móveis, sendo custeadas, nos dois primeiros anos, para o Governo Federal.

Segundo a vice-governadora Simone Tebet (PMDB), as mulheres vão entrar com a cabeça baixa e sair de cabeça erguida. “Valorizamos muito o público feminino tanto, que a maioria das secretárias na nossa gestão são mulheres”, finaliza.

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