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Política

Peemedebistas ameaçam abandonar Dilma se PT se coligar com PSDB

Josemil Arruda e Leonardo Rocha | 10/04/2014 13:57
Deputado Eduardo Rocha defende punição a Dilma caso PT se alie a PSDB em MS (Foto: arquivo)
Deputado Eduardo Rocha defende punição a Dilma caso PT se alie a PSDB em MS (Foto: arquivo)

Pelo menos dois deputados estaduais do PMDB estão ameaçando não apoiar a reeleição da presidente Dilma Roussef (PT) se os petistas e tucanos confirmarem aliança eleitoral em Mato Grosso do Sul. Os deputados peemedebistas Eduardo Rocha e Carlos Marun, que defendem a eleição de Nelsinho Trad (PMDB) para a sucessão de André Puccinelli, consideram inaceitável aliança de PT e PSDB para apoiar o senador Delcídio do Amaral (PT) na sucessão estadual.

Eduardo Rocha é o mais incisivo. “Se PSDB e PT confirmarem aliança em Mato Grosso do Sul, o PMDB vai rediscutir o apoio no Estado para Dilma”, garantiu ele. O parlamentar considera absurdo que os adversários no plano nacional estejam juntos no Estado por conveniência eleitoral.

Por outro lado, Rocha aponta que é mais vantajoso para Dilma que o PSDB não se alie ao PT para disputara a sucessão de Puccinelli. “Se Delcídio não se alinhar com o PSDB, então a Dilma poderá ter dois palanques no Estado, pois nós iremos apoiá-la”, afirmou o peeemedebista.

Carlos Marun também manifestou posição semelhante. “Se realmente PT e PSDB fecharem essa parceria nós podemos avaliar melhor se iremos apoiar a Dilma ou outro candidato a presidente, apesar de o governador já ter dito que pretende apoiá-la”, declarou o ex-secretário estadual de Habitação.

Para Marun, essa coligação de PT e PSDB é “incoerente, esdrúxula e não reflete a guerra política que está acontecendo em Brasília”. Considera que petistas e tucanos precisam entender que Mato Grosso do Sul não fica fora do Brasil, que as questões nacionais também repercutem no Estado.

O PSDB, na opinião dele, está “menosprezando a campanha presidencial do Aécio Neves em Mato Grosso do Sul, já que estará ao lado de seu adversário, que é o PT”. E indagou: “Como vão estar juntos se o próprio Aécio está conduzindo a CPI da Petrobras no Senado?

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