Pensando em 2026, bancada de MS cobra decisão sobre futuro do PSDB
Além de Riedel e Azambuja, deputados estaduais e federais se reuniram com o presidente nacional do partido
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Com o risco de se tornar um partido nanico a partir de 2026, a bancada federal e estadual do PSDB em Mato Grosso do Sul avalia que a fusão ou incorporação com outros partidos é inevitável, já que o partido tem cada vez menos representação nas últimas eleições nacionais.
RESUMO
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A bancada do PSDB em Mato Grosso do Sul considera inevitável a fusão ou incorporação com outro partido para evitar que o PSDB se torne nanico em 2026. Em reunião com líderes do partido, discutiu-se a possibilidade de aliança com Republicanos ou PSD. A cláusula de desempenho, que exige 13 deputados federais eleitos ou 2,5% dos votos válidos em 2026, pressiona o PSDB, que elegeu apenas 18 deputados em 2022. A direção nacional busca alternativas para manter a relevância do partido.
Atualmente, Mato Grosso do Sul segue sendo um dos últimos redutos do PSDB. Por isso, nesta quinta-feira (13), a bancada federal e estadual do partido se reuniu com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o presidente estadual do partido, Reinaldo Azambuja. A reunião aconteceu no receptivo da Governadoria, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.
Estiveram presentes os deputados estaduais Pedro Caravina (PSDB), Mara Caseiro (PSDB), Zé Teixeira, Paulo Correa e Jamilson Name, além dos deputados federais Dagoberto Nogueira e Beto Pereira.
Em entrevista ao Campo Grande News, o deputado Beto Pereira afirmou que uma vertente do PSDB defende a fusão, incorporação ou federação com o Republicanos, aliado do PSDB e com grandes nomes no cenário nacional. Ele também apontou o PSD, de Gilberto Kassab, como uma boa opção de aliança. “O partido vai partir para uma fusão ou não vai sobreviver”, disse.
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O deputado Dagoberto Pereira também compartilhou que a maioria dos deputados federais quer que haja fusão ou incorporação. Ele também mencionou que alguns deputados têm reclamado da falta de uma definição. “Se não vai, cada um vai cuidar da sua vida. Isso é um grande problema. Já temos vários deputados reclamando da falta de ação da direção nacional. E isso não pode ser deixado para última hora”.
Ele também comentou que, em Mato Grosso do Sul, a bancada seguirá a orientação de Riedel e Azambuja. "Acho que é encontrar a saída para termos tempo de televisão e poder fazer alianças. Tem que decidir, pois o PSDB só existe em MS", disse.
Em nota divulgada na quarta-feira (12), o presidente nacional do PSDB afirmou que o partido “não vai desaparecer” e continuará dialogando com outros partidos do centro político para construir uma alternativa aos extremos, preservando a identidade do PSDB.
A nota também destaca que, a partir da eleição de 2026, a chamada “cláusula de desempenho” ficará mais rígida e o partido precisará “encontrar soluções para superar esse obstáculo”. A nota cita a construção de chapas fortes para as eleições para o Congresso Nacional, as assembleias estaduais e distrital, os governos estaduais e a Presidência da República, além de alianças robustas para garantir apoio.
“Isso pode incluir alianças com outros partidos do centro democrático, seja em formato de federação, como a que temos com o Cidadania, que se encerrará no primeiro semestre de 2026 e estamos avaliando a viabilidade de sua manutenção ou ampliação, seja com a convergência de outras legendas ao PSDB”, diz trecho da nota.
A cláusula de desempenho, aprovada em 2017 e com regras em vigor desde 2018, estabelece exigências mais rigorosas a cada eleição. Para 2026, a lei exige que os partidos elejam 13 deputados federais ou obtenham 2,5% dos votos válidos para a Câmara e 1,5% em pelo menos nove estados. Caso não atinjam esses patamares, perderão acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda em rádio e televisão.
Em 2022, o PSDB, junto com o Cidadania, elegeu apenas 18 deputados federais, abaixo do número exigido pela cláusula. Hoje, o PSDB tem uma bancada “federada” com o Cidadania, composta por 17 deputados e três senadores.
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