Pesquisa mostra que 62% desaprovam o governo de Dilma Rousseff
Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha nos dois dias após o protesto de domingo (15), que levou milhões de pessoas para as ruas, mostrou que 62% dos entrevistados desaprovam o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), considerando seu novo mandato ruim ou péssimo, sendo que apenas 13% escolheram a opção boa ou ótima, completando o quadro com 24% que optaram por regular.
Esta nova marca da presidente se aproxima da rejeição do ex-presidente Fernando Collor, quando estava as vésperas de seu impeachment, quando tinha a desaprovação de 68%. Estes são os piores números da presidente Dilma, que teve um aumento de 18 pontos percentuais (rejeição) comparada ao mês de fevereiro, sendo o primeiro levantamento do instituto, que a maioria dos entrevistados está insatisfeito com sua administração.
Em comparação com o ex-presidente Lula, este teve sua pior rejeição na fase mais crucial do mensalão, em 2005, quanto tinha a aprovação de apenas 28% da população. Em uma análise com outros presidentes, Itamar Franco teve apenas 12% (aprovação) em novembro de 1993 e Fernando Henrique Cardoso 13%, em setembro de 1999, quando houve a desvalorização do real.
A situação mais difícil da presidente se encontra na região Centro-Oeste onde tem uma desaprovação de 75%, seguida pelo Sudeste que pontuou 66%. Já na região Norte, onde houve a maior aprovação, só se chegou a 21%. Na região do Nordeste, em que a petista teve votação ampla sobre seus adversários na eleição, Dilma tem apenas 16% de aprovação.
A pesquisa também divulgou que nos municípios com mais de 200 mil 66% não aprovam, na escolaridade média também aparece 66%, enquanto que de 2 a 5 salários também 66%. Em uma atribuição de nota sobre o desempenho da presidente de 0 a 10, os entrevistados deram 3,7, enquanto que em fevereiro era de 4,8. No seu primeiro mandato, a média foi de 5,6.
O levantamento também mediu a popularidade do Congresso Nacional, tendo uma aprovação ainda inferior a da presidente Dilma, chegando apenas a 9% (ótima e boa) e 50% consideram ruim e péssima. A pesquisa foi feita nos dias 16 e 17 de março, em 172 municípios do país, com 2.842 entrevistados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.